Leonel deu de ombros, arrumou suas coisas e pretendia sair discretamente.
“Esse espetáculo eu não ouso assistir. Quando o Sr. Paixão acordar e perguntar, digam que fui embora logo cedo.”
Ele realmente não queria se envolver naquela confusão.
Fidel lançou um olhar de desprezo para Leonel. “Olha só para você, que covarde.”
Leonel preferiu se resguardar. Naquela noite, Fidel o chamava de covarde, mas em outra ocasião, seria Fidel quem sairia de fininho como um rato.
Zenobia levantou os olhos e olhou para Gildo.
A mulher sentada ao lado dele, provavelmente se chamava “Carla”.
A pessoa que abrira a porta para ela mais cedo provavelmente a confundira com uma nova funcionária daquele lugar.
O olhar de Carla, carregado de desafio, pousou sobre Zenobia.
Trabalhando ali há algum tempo, Carla já ouvira falar do Sr. Paixão do Rio Dourado.
Dizia-se que o Sr. Paixão nunca permitia que as modelos do Sublime Club se aproximassem dele, tampouco costumava beber com elas. Naquela noite, porém, ela fora a exceção e o acompanhava na bebida.
Aos olhos de Carla, o casamento de ricos mantinha apenas uma paz superficial. Se ela conseguira fazer com que o Sr. Paixão abrisse uma exceção, também poderia conquistar um espaço ao lado dele.
Seu olhar foi se tornando cada vez mais desafiador.
Chegou até a se levantar, pronta para apoiar o Gildo, que estava embriagado.
No entanto, antes que pudesse segurar o braço dele, Gildo a afastou: “Não quero que você me ajude, quero que a Sra. Paixão me ajude.”
Zenobia ficou parada na porta por um bom tempo antes de caminhar até Gildo.
Agarrou o braço dele com firmeza.
E Gildo, sem cerimônia, deixou todo o peso do corpo pender para o lado dela.
As luzes coloridas piscavam no camarote enquanto Gildo se inclinava, olhando para Zenobia com um sorriso e sendo amparado por ela.
Do ponto de vista de Zenobia, Gildo realmente estava bêbado.
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