Amor Morto, Casamento Absurdo romance Capítulo 227

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Embora parecesse que ela estava com certa dificuldade, não se sabia se era porque Gildo estava se contendo, mas Zenobia achou que não estava tão difícil quanto aparentava, pelo contrário, achou até relativamente fácil.

Para voltar ao quarto, precisavam subir a escada caracol.

Ivana seguia preocupada atrás de Zenobia e Gildo, temendo que os dois caíssem juntos.

Gildo, ao subir o primeiro degrau, olhou para trás e disse para Ivana: “Ivana, fique tranquila, não vou deixar a Sra. Paixão cair.”

Essa frase fez Ivana cair na risada. “Senhor, quanto o senhor já bebeu? É a senhora que está segurando o senhor para não cair, não o contrário.”

Gildo havia bebido um pouco além da conta e, às vezes, não conseguia expressar claramente o que sentia. Na verdade, ele queria dizer que, mesmo que um dia ele acabasse caindo acidentalmente da escada caracol, jamais deixaria Zenobia cair.

Ainda que não fosse um trabalho exaustivo, ficar o tempo todo tão próximo, além de ter que apoiar Gildo, fez com que, tão logo chegaram ao quarto, Zenobia se afastasse dele e sentasse na beira da cama, já ofegante.

Gildo, inquieto, não dava sossego e insistia para que Zenobia o ajudasse a tomar banho: “Sra. Paixão ajudar Sr. Paixão a tomar banho é algo absolutamente natural.”

Zenobia tinha um primo.

Era o irmão de Daiane, um menino também bastante travesso e apegado.

Naquele momento, Zenobia sentiu como se estivesse cuidando de uma criança.

Zenobia murmurou em tom de brincadeira: “Quer que eu conte uma história infantil pra você na hora de dormir?”

Quem diria que, mesmo bêbado, ele ainda ouvia tudo perfeitamente.

Aproximou-se, abraçou a cintura de Zenobia, encontrou de imediato o lóbulo de sua orelha e sussurrou: “História infantil não precisa, eu sou homem, não escuto histórias infantis. Dormindo abraçado com a Sra. Paixão já está bom.”

Zenobia sorriu, resignada. “Tem certeza de que é só dormir abraçado mesmo?”

Ela realmente não acreditava.

Gildo assentiu com uma seriedade impressionante: “É só dormir abraçado com você!”