Amor Morto, Casamento Absurdo romance Capítulo 314

“Na compra de um, leve outro de graça, e aproveito para te contar uma boa notícia: aquela sogra maldosa também ficou inválida.”

Gildo levantou levemente os lábios, desenhando um belo arco de forma discreta.

Ele arqueou as sobrancelhas e perguntou a Zenobia: “Isso sim é uma excelente notícia. Vou pedir para Ivana abrir um champanhe.”

O som do champanhe no jardim da família Paixão soou especialmente agradável. Zenobia, que normalmente não costumava beber, não resistiu e tomou uma taça de champanhe.

O líquido dourado pareceu extremamente tentador.

Aquele leve amargor do álcool foi completamente encoberto pela doçura que sentia no coração.

A noite caiu.

A brisa do outono trouxe um frescor agradável.

Fogos de artifício iluminaram o jardim da família Paixão.

No banco do jardim, Zenobia e Gildo sentaram-se lado a lado, apreciando os fogos que explodiam brilhantes no céu noturno.

Zenobia observava atentamente cada explosão de cor na escuridão, enquanto Gildo, de olhos de soslaio, admirava o perfil de Zenobia com um olhar absorto.

Enquanto a observava, seu olhar se transformou em compaixão.

Ele abriu suavemente os lábios e murmurou: “Zenobia, quando descobriu que Rodrigo estava apenas fingindo a própria morte, deve ter sido muito difícil para você.”

Zenobia se surpreendeu levemente e olhou para Gildo.

Seus olhos, tão límpidos quanto águas de outono, se estreitaram suavemente e ela sorriu: “Sou mais forte do que imagina, e também mais frágil. Para ser sincera, não tenho medo de que me ache ridícula. Naquela época, cheguei a preparar muitos comprimidos para dormir, pensando em desistir da vida. Mas, justamente quando soube que Rodrigo estava vivo, toda a tristeza que me consumia desapareceu.”

Seu olhar tornou-se firme como nunca: “Naquele momento, disse para mim mesma que, se já tinha enxergado que era um abismo, precisava pular fora dele e lutar para viver bem.”

Os olhos de Gildo se encheram de lágrimas.

Afinal, amar não era sentir-se sempre em dívida com o outro?