Até mesmo Franklin não pôde deixar de ficar nervoso.
Daiane precisou segurar firmemente o braço de Franklin para conseguir manter o equilíbrio.
Ela perguntou ao médico de forma cautelosa: “Só o quê?”
O médico retirou a máscara e suspirou baixinho: “O local onde a paciente foi ferida fica muito próximo ao útero. Fizemos o possível para reparar, mas a recuperação agora depende da capacidade da própria paciente. Os familiares precisam estar preparados para a possibilidade de que as chances de gravidez futura sejam muito pequenas. Além disso, peço que a família conte isso à paciente da forma mais delicada possível.”
Daiane inspirou profundamente. Aquilo não tornava ainda pior a já difícil situação de Zenobia em relação à gravidez?
Quando Franklin ouviu isso, também sentiu o coração apertar, mas naquele momento, só ele conseguia se manter estável e, de forma alguma, podia se deixar abalar primeiro.
Ele apertou a mão de Daiane e a confortou: “Não se preocupe, hoje em dia a tecnologia está muito avançada, nada disso será um problema.”
Tobias também se surpreendeu ao ouvir aquilo.
Ela sabia que, nas famílias tradicionais, o que mais importava era a linhagem e a continuidade da família.
Nestes anos, tendo convivido com muitos ricos no círculo da alta sociedade de Rio Dourado, ela já vira inúmeros casais de famílias poderosas, aparentemente em harmonia, se desentenderem e terminarem o relacionamento por questões de descendência.
Tobias apenas suspirou em silêncio.
O médico concordou com Franklin, sem desejar que o clima entre os familiares ficasse ainda mais pesado.
“Sim, a tecnologia está muito avançada atualmente. Enquanto a pessoa estiver bem, sempre é possível encontrar uma solução.”
Após confortá-los, o médico acrescentou: “O efeito da anestesia deve durar por mais meia hora. Agora a paciente será transferida para um quarto comum e, em cerca de meia hora, será possível fazer visitas.”
A enfermeira acompanhante explicou outros pontos importantes, e Daiane prontamente a seguiu até o quarto comum.
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