Bento observou Luana, que sempre fora orgulhosa, agora chorando copiosamente enquanto implorava por clemência; em seu íntimo, sentiu-se um pouco comovido.
Ele tomou a iniciativa de intervir: “Gildo, que tal deixar Luana de castigo por um mês? Eu garanto que, durante esse período, ela vai perceber o próprio erro, pode ser?”
O olhar de Gildo permaneceu inalterado; ele nem sequer se dignou a abaixar a cabeça para olhar Luana, que se ajoelhava no chão.
Limitou-se a mover os lábios: “Três meses.”
Seu tom era irrefutável.
Apesar de Bento considerar o castigo um tanto severo, já que dali a dois meses seria o aniversário de Luana...
Mas a situação já tinha chegado a esse ponto, então nada mais podia ser feito.
Até a própria Luana apressou-se a concordar, balançando a cabeça: “Está bem, três meses. Fico de castigo por três meses!”
Gildo continuou sem se virar para olhá-la, apenas fez um sinal discreto para Franklin.
Franklin o seguiu de imediato, e ambos deixaram a sala de visitas.
Na ampla e luxuosa sala de estar, Halina ainda preparava chá, mas a infusão à sua frente já estava fria há muito tempo.
Gildo não interrompeu o próprio passo ao sair.
Já Franklin, parou por um instante na sala.
Inclinando-se, fitou Halina, que parecia um pouco atônita: “Sra. Nunes, venho lhe comunicar que, a partir de hoje, a senhora não é mais gerente de relações públicas da FunAI.”
Halina mostrou-se confusa: “Sr. Sampaio, o senhor disse o quê?”
Franklin deu de ombros: “Minha mensagem não ficou clara? A senhora está demitida, Sra. Nunes.”
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