Amor Moscato romance Capítulo 84

Sandro apontou para o sofá ao lado: "Vai lá sentar-te, olha com calma e com atenção."

Norberto: "..."

Embora confuso, ele seguiu as instruções de Sandro, caminhou até o sofá e sentou-se, passando os olhos pelos documentos com todo o cuidado, repetidas vezes...

Quando estava quase na hora de encerrar o expediente, Norberto já tinha folheado tanto aquela papelada que as páginas começavam a desgastar-se, mas ainda assim não conseguia identificar nenhum problema. Ele revisou cada palavra mais uma vez, levantou-se e se aproximou de Sandro: "Sr. Amaral, onde está o problema? Pode me orientar, por favor?"

Sandro levantou os olhos do computador: "Terminou de ler?"

"Sim."

"Ok." Sandro deu mais uma olhada no relógio: "Já que terminou, pode ir embora."

Norberto: "... Mas você ainda não me disse qual é o problema com os documentos?"

"Oh." Sandro pegou os papéis: "Não tem problema nenhum, só queria que você desse uma olhada atenta. Vai que tinha algo errado?"

Norberto: "..."

Sandro então não lhe deu mais atenção, mas chamou Yolanda, que já estava a arrumar as suas coisas para ir embora, disse: "Espera um pouco."

Yolanda parou e perguntou: "Sr. Amaral, já terminei tudo, você não vai querer que eu faça hora extra, vai?"

Ela não se importava de fazer hora extra, mas a sua irmã ainda estava no hospital, e ela estava ansiosa para fazer-lhe companhia.

"Não é isso." Sandro disse, desligando o computador e vendo que Norberto ainda estava lá, falou, "Você ainda não foi?"

"Oh. Estou indo. Tchau, Sr. Amaral, tchau, Yolanda."

"Até mais, Assistente Norberto."

Após a saída de Norberto, restaram apenas Yolanda e Sandro no escritório.

Sandro foi até à copa e entregou a ela uma marmita térmica que Teresa tinha trazido: "Isso é pra você."

Yolanda recusou: "Sr. Amaral, eu não gosto de canja..."

"Não é para beber."

Sandro, astuto como era, percebeu logo o que ela estava a pensar: "Ok. Você já cuidou daquele ferimento no ombro?"

"Sim." Yolanda disse: "Eu mesma cuidei no banheiro."

"Ok." Sandro, não querendo assustá-la, pegou na sua pasta: "Então vamos?"

Yolanda hesitou por um momento: "Pode ir na frente, Sr. Amaral."

Sandro olhou para trás: "Como assim?"

Yolanda sacudiu a cabeça: "Nada."

Ela simplesmente não queria ser alvo de fofocas, não se importava com o que diziam sobre ela, mas não queria causar inconvenientes para Sandro.

Nessa breve troca, Sandro sentiu a distância que ela impunha, ficando um pouco desapontado: "Ok, então. Cuidado no caminho, nos vemos amanhã."

"Até amanhã."