Aquela relação deveria ser a mais curta da história.
Delia não pôde deixar de desfrutar do fato de Tricia, linda e que vinha de uma família influente, ter sido dispensada em público.
Allison deu uma cotovelada nela, após perceber sua risadinha, dizendo: "Você tá rindo da sua amiga? São amigas, mesmo?"
Ela falou tão alto que Tricia ouviu as perguntas, e olhou para Delia, querendo esfolá-la viva.
"Tricia, não liga pra ela, eu não fiz nada", explicou ela, ansiosa.
Mas Tricia apenas a ignorou e olhou para o menino à sua frente.
Aquele menino chato havia pedido a ela para ser sua namorada no último segundo mas logo em seguida já havia terminado com ela.
Ela agarrou Finley pelo colarinho e olhou para ela, dizendo: "Você me dispensou, não foi? Sabe que eu posso te fazer desaparecer da cidade?"
A jovem, por sua vez, fingiu estar com medo e disse: "Você é tão feroz, não me machuque, é comum que os amantes se separem, né? Você me assusta."
"Então, você já conhece o medo. O que tava pensando? Saiba que quem me ofender vai sofrer, Chaim, espera pra ver", disse desdenhosamente Tricia, mordendo o lábio.
Finley afastou sua mão, pouco a pouco, distanciando-se dela, dizendo: "Você conhece o sr. Turner? Ele é meu tio, disse que me apoiaria se eu sofresse alguma ameaça, e acho que não vai gostar da ideia do meu desaparecimento dessa cidade."
"Eu acho que o sr. Turner não tem um parente como você, não tente nos enganar." Tricia estava com tanta raiva, que seus pulmões estavam prestes a explodir, e as bobagens que Finley falava tornaram-se irritantes.
"Bem, vou ligar para ele agora, então, se você não acredita em mim", assegurou a jovem.
Ela pegou o telefone imediatamente, tirando o número de Bryan da lista negra e discando.
Ela achava o título anexado ao número de telefone, "Idiota", era atraente.
Por isso, ela cobriu deliberadamente com as mãos, para evitar que outros o vissem.
Mesmo tempo, no Grupo Turner.
Bryan, em uma reunião, olhou para o celular vibrando sobre a mesa e o número familiar que apareceu na tela o deixou animado.
Um sorriso indetectável apareceu em seu rosto.
Aquela mulher finalmente havia perdido a paciência.
Ele deixou seu telefone vibrar por um tempo, antes de atender, levantando-se e dizendo aos outros: "Vamos continuar mais tarde."
Aquela era a reunião mais importante e urgente do ano, e a suspensão dela pareceu estranha aos outros participantes.
De acordo com o cronograma, a reunião deveria acontecer no dia seguinte. No entanto, o presidente havia convocado seus funcionários, aproveitando o fim de semana, ordenando que fossem para a sala de reuniões.
Nenhum deles atreveu-se a se atrasar, embora tivessem muito a reclamar.
Quem estava do outro lado da linha? Como poderia fazer o presidente suspender a reunião?
As pessoas ali, então, deixaram sua imaginação correr solta.
Ele, por sua vez, saiu do local com seu celular, e em seu escritório, ligou para Finley.
"O que foi?", perguntou ele.
Quando a voz profunda e agradável foi ouvida do outro lado da linha, ela ficou feliz.
Ela usou o alto-falante, por conta de Tricia, que logo reconheceu a voz masculina.
Então, tornou-se dócil.
Ela não ousava mexer com quem quer que tivesse o apoio de Bryan.
"Ahã, tio... Tenho uma pergunta para você: Somos parentes ou não?"
Tio?
Parentes?
Confusamente, ele ficou com uma expressão sombria.
O que ela estava aprontando?
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