Amor Por Ela, A Desprovida romance Capítulo 120

Os dedos de Bryan congelaram, e ele olhou para o rostinho nervoso dela.

Se dissesse que o trabalho era mais importante, essa mulherinha o espetaria com uma agulha?

Então, fez uma escolha sábia, e fechando o laptop, colocou-o na mesa de cabeceira.

Ele esticou o braço na direção dela, que verificou seu pulso e pressão arterial.

Cerca de cinco minutos depois, ela chegou a uma conclusão: "Seu pulso tá fino e fraco, e seus membros estão frios. Parece que você comeu algo de ruim. Abra a boca, quero dar uma olhada."

"Não precisa, só me prescreva um remédio", recusou ele, que não queria abrir a boca.

"Abra a boca, preciso verificar sua língua!"

Ordenou ela com uma voz fria, com uma aura nem um pouco inferior à de Bryan.

Ali, Finley era a única que tinha coragem de gritar com ele.

Para sua surpresa, Bryan abriu a boca e mostrou a língua, para cooperar com seu exame.

"A saburra da sua língua tá fina e branca, e você tá suando profusamente." A jovem falou algumas palavras técnicas que ninguém entendeu, e então, inclinou-se para a frente, pedindo: "Tire a roupa, me deixe ver se sua barriga está inchada ou não."

Quanto ao exame, ele foi muito cooperativo, e logo tirou a camisa, revelando seus sensuais músculos abdominais, para os quais ela olhou, tragando a saliva.

A figura do homem era realmente incrível.

"Bryan... Ouvi dizer que você não tava bem, o que aconteceu?", perguntou Tessa, que entrou correndo e caminhou até a cama.

Finley, por sua vez, pressionou a mão no estômago dele.

"O que você tá fazendo? Por que tá se aproveitando dele?!", disse a garota, apontando para Finley, a repreendendo.

Mas, a médica não prestou atenção nela, e em vez disso, pressionou o lado esquerdo do estômago dele e perguntou: "Há algum inchaço ou dor?"

Bryan assentiu, com uma cara mal-humorada.

Era desnecessário dizer que, quando aquela mulher examinava seus pacientes, era muito séria e meticulosa, totalmente diferente de sua aparência habitual.

"Há uma hora atrás, o que você comeu?", perguntou ela, pegando um prontuário médico e anotando seus sintomas.

"Bryan comeu os biscoitos de pêssego que você fez pra ele", interveio Tessa, não dando a ele a chance de falar.

O homem não pretendia contar a ela o que havia comido.

Queria comer os biscoitos de pêssego sozinho, e antes de comê-los, sabia claramente que estavam mal feitos.

Se queria culpar alguém, deveria culpar a si mesmo.

Finley ficou perplexa.

Pensou que de acordo com o caráter arrogante de Tessa, ela definitivamente jogaria na lata de lixo os biscoitos de pêssego feios e nojentos que ela havia feito.

Não esperava que fosse tão tola, a ponto de entregá-los diretamente a Bryan.

Quanto a Bryan, ele também era bobo, por comer obedientemente biscoitos ruins.

Havia algo de errado com o que ela havia feito, que havia causado o problema estomacal do homem?

Não deveria ser assim...

"Você tem algum biscoito sobrando aí?", perguntou ela, virando-se e perguntando a Kate, que estava atrás dela.

"Sim, tá aqui, guardei especialmente pra senhora verificar." Kate pegou o prato de biscoitos no escritório, e entregou a jovem.

Ela não os descartou naquele momento, porque queria tornar mais fácil para Finley encontrar as causas.

Kate era uma pessoa tão cautelosa, não era de admirar que merecesse ser a governanta da família Turner.

Quando a jovem médica recebeu o prato, Tessa deu um passo para trás, com a consciência pesada, os dedos torcendo-se nervosamente.

Aquela mulher realmente não podia sentir nada incomum, podia?

Mas e se pudesse?

Foi ela quem fez os biscoitos e foi tão arrogante com Bryan pela manhã. Como não se davam bem, ela tinha um motivo para prejudicá-lo.

Pensando nisso, Tessa soltou os dedos e ficou ali com os braços cruzados na frente do peito, esperando o resultado do exame da jovem.

Finley beliscou os biscoitos e cheirou. Havia algo estranho, de fato.

"Folha de Senna? Por que os biscoitos de pêssego cheiram a folha de Senna?", perguntou ela, abandonando os biscoitos e levantando-se para olhar Tessa, que estava ao lado dela.

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