A família Keith tomava café da manhã na mesa.
Dirk não havia dormido a noite toda por Tina haver se machucado, estava deprimido e sem apetite para tomar café.
Tricia, por sua vez, comia devagar, e perguntou: "Por que mamãe caiu da escada? É estranho... será que Finley ligou e a deixou furiosa?"
"Eu não sei, ela parecia mal quando chegou em casa ontem", respondeu o pai dela, com impaciência, olhando ao redor e vendo Rita ausente, então perguntou, "Onde estava a sua irmã?"
"Eu não sei, ficou fora a noite toda, talvez ela esteja filmando."
"Ela não sabe fazer mais nada além de atuar. Por que não voltou? A mãe dela tá gravemente ferida!", exclamou ele, jogando seus talheres com raiva.
"Pai, calma, vou ligar pra ela", disse Tricia, pegando o celular para ligar para a irmã.
O mordomo correu para a sala de jantar em pânico, dizendo: "Tenho más notícias! Mestre, srta. Tricia, e sr. Turner tá aqui, veio com um cadáver, que está inchado e tem um cheiro ruim. Que nojento!"
"O quê?", disse Tricia, levantando-se.
A história havia se repetido.
Não muito tempo atrás, Finley corajosamente e arrogantemente havia levado quatro caixões para a casa da família Keith, e agora seu marido, Bryan, carregava um cadáver para a casa deles.
O que era aqui para eles? Uma funerária ou crematório?
Dirk fez uma cara feia, levantou-se e saiu.
Bryan usava um longo sobretudo preto e estava parado no quintal, com um cigarro na mão.
Entretanto, não fumou o cigarro e o deixou queimar.
Dirk o cumprimentou com um grande sorriso, dizendo: "Bryan, por que tá aqui tão cedo? Gostaria de tomar café da manhã aqui?"
O empresário apenas zombou: "Você não consegue ver o cadáver? Ainda tem apetite?"
Com seu dedo fino, ele apontou para o cadáver podre, na maca atrás dele.
O pai da família Keith esticou o pescoço, para dar uma olhada no corpo, seu sorriso tornou-se gradualmente estranho, e disse: "Bryan, por que o trouxe aqui?"
"Harry", disse o homem, piscando para o assistente.
Harry, então, assentiu e entregou o relatório da autópsia a Dirk, dizendo: "Sr. Keith, aqui é o relatório da autópsia, o homem chamado Kevin, foi jogado no rio com a sra. Turner ontem à noite..."
"Você quer dizer que Finley caiu no rio? Como ela tá? Tá bem?" O pai da jovem parecia chocado e preocupado.
Bryan, no entanto, não conseguia saber se o homem de fato estava preocupado com ela ou não. Mas, não era esse o ponto.
Ela havia se casado com ele, então era uma Turner.
O empresário não permitiria que ninguém, incluindo os pais, mexessem com a jovem.
"Obrigado por perguntar, ela ainda está viva", respondeu ele, curvando friamente os lábios.
Dirk, por sua vez, soltou um suspiro de alívio, pois aquilo era bom. Entretanto, logo todo o seu corpo ficou tenso novamente.
Bryan havia ido ali... ele suspeitava que o assassinato tinha algo a ver com Tina?
"Sr. Keith, você confia em sua esposa?", perguntou calmamente o marido de Finley, tentando sondar o sogro.
O pai da família Keith, ao ouvir a pergunta, franziu a testa e disse: "Bryan, Tina é inocente nisso."
"Não a defenda. Tô perguntando sobre a fidelidade de sua esposa." Bryan parecia despreocupado, com uma mão no bolso.
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