Amor Por Ela, A Desprovida romance Capítulo 97

"Perdão, mas estive ocupada demais para conferir. Se soubesse que o perfume continha lavanda, jamais teria o usado. Então, peço desculpas. Foi um erro meu", explicou Daphne enquanto se coçava.

Como ela era uma artista popular, as pessoas prestavam muito atenção nela.

Portanto, todos que assistiam à cena suspeitavam que Finley havia feito Daphne ter um ataque alérgico de propósito.

"Esses perfumistas não se importam mais com a alergia dos outros?"

"Que amadora! Duvido que ela tenha ganhado o prêmio por mérito próprio."

A opinião pública podia ser algo muito cruel.

Daphne era uma artista renomada, então, Finley não a perguntou sobre quais alergias ela tinha, pois este era um assunto privado dela.

No entanto, Finley pensou que poderia contar com sua assistente para dizer se havia algo de errado com a fórmula.

Foi um choque perceber que Daphne estava disposta a sacrificar o próprio corpo apenas para arruinar sua reputação.

Perplexa, Finley mordeu o lábio inferior, mas era tarde demais para se arrepender.

Aquela mulher era mesmo assustadora.

Comparada a ela, Finley ainda tinha muito o que aprender.

Afinal, Daphne havia lançado aquela armadilha no momento em que comprou o seu perfume.

Finley não pôde deixar de pensar que Bryan ficaria ao lado de Daphne ao invés de defendê-la.

"Isso é um absurdo!" Andy gritou para as pessoas ao redor.

Depois de analisar friamente o rosto de Daphne, Bryan perguntou: "Acham que ela não ganhou o prêmio por mérito próprio? Estão duvidando do meu julgamento?"

Ao ouvirem isso, as pessoas em volta abaixaram suas cabeças em silêncio.

Qualquer um que ousasse questionar Bryan estaria brincando com o fogo.

Surpresa, Finley levantou a cabeça e olhou para ele.

Ele tinha mesmo acabado de defendê-la?

Como Bryan havia ficado do lado de Finley, Daphne disse com um sorriso: "O erro foi meu. Finley é uma excelente perfumista. Por favor, não a culpem."

Embora aquela declaração deveria tê-la ajudado, só fez piorar as coisas.

"Daphne, ela deve ter feito isso com você por ciúmes."

Enquanto os muitos fãs da artista no local continuaram a criticá-la, Finley não aceitou ficar sentada de braços cruzados, vendo o plano de Daphne para arruiná-la dar certo.

Ao pegar o braço de Daphne, Finley verificou o seu pulso e o soltou logo em seguida.

Então, ela disse devagar: "Bom, eu sou médica também e acredito que a alergia da Srta. Carter possa ter uma outra explicação."

"Médica? Quem está tentando enganar?"

"Agora a perfumista também é médica. Que piada!"

Todas aquelas pessoas odiosas zombaram de Finley, recusando-se a acreditar nela.

Bryan, por sua vez, encarou a multidão com raiva. "Sim, ela é médica. Ela é minha médica particular."

Naquele momento, o salão ficou estranhamente quieto.

Ninguém se atreveu a dizer nada, embora a multidão se perguntasse o porquê Bryan defendia sua médica particular ao invés de se preocupar com a alergia de Daphne.

Graças à defesa de Bryan, Finley se sentiu confiante outra vez.

"Srta. Carter, o problema não é a lavanda em si. Pelo que vejo da reação no seu pulso, você tem uma pele frágil. Portanto, você não pode usar perfumes com uma alta concentração. O meu, por exemplo, tem uma alta concentração de lavanda, então, sua pele não reage bem a ele. Acredito que você normalmente usa perfumes mais leves, não é?"

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