Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 22

Estávamos no Departamento de Ginecologia.

E, por isso, estávamos rodeadas de mulheres.

Ao ouvirem o grito de Lisa, todas as mulheres presentes olharam para nós.

Quando viram que Lisa estava me protegendo, elas imediatamente entenderam que a amante era Caroline.

As pessoas começaram a rodear Caroline, conversando e fofocando ao redor dela. Ela ficou com vergonha e foi embora, bufando de raiva.

Depois daquela cena toda, Lisa e eu não dissemos mais nada. Em vez disso, fomos a uma cafeteria e nos sentamos.

"Um mocha, por favor."

"De jeito nenhum!"

Lisa me interrompeu assim que eu fiz o meu pedido.

Ela me proibiu de tomar café, bem como bebidas geladas.

No final, já bastante irritada, acabei pedindo apenas um copo de água morna, apesar do olhar de desdém do garçom.

Assim que fui servida, tomei um gole da água morna. Lisa, então, me perguntou: "O que você pretende fazer em relação à gravidez?".

A princípio, pensei em responder de forma decisiva: "Abortar".

No entanto, quando essa palavra veio à minha boca, hesitei por um momento.

Com o olhar perdido no meu copo de água, eu disse: "É muito triste manter um casamento só por causa de uma criança". Fiz uma pausa e depois continuei: "E eu não tenho nem certeza se ele vai gostar do nosso filho".

Abaixei a cabeça, sentindo-me desanimada e um pouco deprimida.

Lisa olhou para mim e respondeu, de forma gentil: "Ah, então você pode manter a gravidez e dar à luz. Na pior das hipóteses, posso criá-lo para você. Eu posso não conseguir manter um homem, mas posso criar um filho".

"Combinado! Mas olha lá, hein? Não pode mudar de ideia depois que ele já tiver nascido!"

"Não, não vou. Pode deixar!"

Lisa e eu estávamos apenas brincando, claro.

Afinal, uma criança precisa de um pai.

Meu enjoo matinal era um problema. Eu ouvi dizer que o bebê fica muito vulnerável nos primeiros três meses da gravidez. Lamentei muito que, para tirar minha mente dos problemas no mês anterior, aceitei pegar seis projetos consecutivos no trabalho.

Sem outra alternativa, tive que contar tudo a Sam Jacob, diretor do Departamento de Design, e perguntar se ele poderia repassar uma parte do meu trabalho para outros funcionários.

Não por acaso ele era a pessoa que eu mais admirava quando estava na faculdade.

Foi ele quem me ajudou a conseguir o estágio na empresa em que eu agora trabalhava.

Eu imediatamente me senti revigorada quando o vi. Então, levantei-me e disse alegremente: "O que você está fazendo por aqui?".

"Eu tenho que fazer a mesma pergunta. Por que você está aqui a essa hora?" Seth aproximou sua mão do meu rosto e me ajudou a arrumar o mau cabelo bagunçado, sorrindo de forma gentil e encantadora.

Fiquei um pouco envergonhada por um momento. Então, coloquei meu cabelo atrás da orelha e disse: "Ainda não terminei meu trabalho. Preciso fazer hora extra".

"Vamos. Levante-se daí."

Seth me deu um tapinha no ombro.

Levantei-me e ele se sentou na minha cadeira. Depois de verificar o trabalho que eu estava fazendo, ele me perguntou do que o cliente precisava.

Em seguida, ele levou cerca de uma hora para terminar a imagem 3D na qual eu estava trabalhando e aperfeiçoou todos os detalhes.

Eu fiquei extremamente impressionada com o talento dele.

Quando terminou, Seth desligou o computador, espreguiçou-se e disse: "Vamos embora. Vou levar você para casa".