Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 4

Caminhei com dificuldade, abri a porta e me deitei na enorme cama, a mesma onde dormi nos últimos três anos.

Adormeci atordoada…-

E eu tive um sonho. Nesse meu sonho, voltei ao momento em que vi Patrick pela primeira vez, 12 anos atrás. Naquela época, eu tinha apenas 10 anos de idade. Eu tinha ido brincar em um canteiro de obras perto do orfanato, que ainda não estava completamente pronto.

Era inverno naquela época, e não havia ninguém no local.

Quando cheguei lá, encontrei Patrick, ferido e quase morrendo. Embora eu o estivesse chamando por muito tempo, ele não respondia nada. Pensando que ele estava morto, eu estava prestes a voltar para falar com a professora no orfanato, mas, de repente, ouvi uma voz fraca atrás de mim, dizendo: "Ajude-me".

Naquela época, eu era magrinha e fraca, mas consegui tirá-lo do canteiro de obras com um triciclo de transportar cimento e levei-o ao hospital mais próximo.

Como eu não tinha dinheiro, a equipe do hospital se recusou a salvá-lo. Então, eu me ajoelhei e me curvei perante eles, implorando por ajuda.

No final, depois que um jovem médico chamou o vice-diretor, eles concordaram em levá-lo para a sala de cirurgia.

E eu fiquei esperando do lado de fora.

Passado um tempo, ele acordou e perguntou meu nome, dizendo que se lembraria de mim e me procuraria no futuro.

Mas havia uma grande diferença entre o sonho e a realidade.

Na realidade, quando Patrick acordou depois da cirurgia, eu não tive contato com ele, pois não tinha permissão para entrar na enfermaria, e só pude olhar para ele a distância. Não muito depois, um grupo de homens, vestindo ternos pretos, chegou e o transferiu para outro hospital.

Ao passar por mim, deitado na maca, ele me viu. Ele curvou seus lindos lábios, sorriu para mim e gentilmente segurou a ponta das minhas roupas.

Esse foi a última vez que nos vimos.

Mas seu sorriso ficou impresso em meu coração. Mesmo depois de 12 anos, ele ainda permanecia fresco em minha mente.

Quando acordei do sonho, a fronha do meu travesseiro estava encharcada de lágrimas.

A escuridão era total do lado de fora da janela.

Eu estava com sede e também com um pouco de fome. Como eu já não sentia tanta dor física como antes de adormecer, decidi ir à cozinha tomar um copo d'água.

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