Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 41

Embora Seth estivesse mudando de assunto, eu sabia que tinha que enfrentá-lo em relação ao que fora dito.

……

Afinal, ele disse, na frente de muitos colegas meus, que nós estávamos juntos. Eu precisava deixar a relação entre nós dois clara.

Contudo…

"Eu sinto muito."

Eu, que passei o dia inteiro pensando no que falar, só consegui dizer isso no final.

Assim que me desculpei, Seth encostou o dedo indicador nos meus lábios. "Shh. Eu sei bem com o que você está preocupada. Mas, enquanto você estiver ao meu lado, não precisa ter medo. Eu sei me proteger, e só assim posso proteger você também".

A resposta de Seth me colocou em um transe momentâneo.

"Mas…"

Eu queria lembrá-lo de que Patrick não nos deixaria em paz tão facilmente, mas Seth falou primeiro: "Você não vai me causar problemas".

Eu tinha que admitir que Seth realmente já havia me dado um beijo.

Eu não tinha certeza se aquilo contava como um relacionamento de verdade ou não.

De qualquer forma, depois disso, eu passei a almoçar com Seth duas vezes por semana.

Meus colegas de trabalho não foram muito amigáveis comigo.

Houve até rumores sobre os motivos de eu ter sido presa.

Eu fingi que não sabia de nada e os ignorei.

No entanto, nada disso mudou a minha situação constrangedora na empresa.

Teoricamente, eu ainda era assistente de Angie, mas ela já tinha me colocado na lista negra por tudo que acontecera entre mim e Seth. Mesmo se eu fosse falar com ela, ela não me daria a menor atenção.

Sem nada para fazer por duas semanas, a única coisa que me restou foi estudar sozinha.

No entanto, eu sabia que não poderia continuar daquele jeito. Eu não poderia continuar recebendo um salário da empresa sem fazer nada.

Então, decidi seguir Angie no dia seguinte. Não importaria o quanto ela tentasse me ignorar, eu estaria ao seu lado o tempo todo.

Fiquei três dias seguindo-a para lá e para cá.

No terceiro dia, Angie me despistou de propósito. Quando me dei conta do que estava acontecendo, ela já havia entrado no elevador. Eu a segui escada abaixo, mas, quando cheguei, ela já havia saído de carro.

Fiquei parada na entrada do prédio comercial, sentindo-me confusa e perdida. De repente, o carro de Patrick parou bem na minha frente.

Eu tentei ir embora, mas fui segurada por ele e puxada para o banco de trás do carro.

"O que você está fazendo? Solte-me!"

Eu relutei, mas Patrick era muito mais forte do que eu. Não importava o quanto eu tentasse sair; ele segurou firmemente o meu pulso e não deixou que eu me movesse.

Patrick não se importou comigo nem por um segundo!

O motorista, então, deu partida no carro.

Eu não sabia para onde ele estava me levando.

Ao longo do caminho, eu o xinguei e o ofendi da forma mais cruel que consegui, mas Patrick parecia indiferente a tudo que eu dizia.

Quando o carro parou novamente, Patrick abaixou o vidro e olhou pela janela. "Olhe para fora. Que lugar é este?"

Virei a cabeça e olhei pela janela. Levei um bom tempo para perceber onde estávamos.

Quando me dei conta, meu rosto ficou pálido.

Não sei quanto tempo levamos para chegar ao orfanato.

Só sei que o orfanato estava bem diferente do que eu lembrava. Se não fosse pela placa "Família Estelar" pendurada acima do portão, eu não acreditaria que estava em frente ao orfanato onde eu havia passado toda a minha infância.

Patrick desceu do carro e me disse: "Entre e dê uma olhada".

Quando o segui para a entrada do orfanato, o velho reitor já havia saído para recebê-lo.

Ao ver Patrick, ele imediatamente se aproximou e disse, respeitosamente: "Sr. Cowell, o senhor chegou. Seja bem-vindo!".

Patrick acenou com a cabeça, olhou para mim de soslaio e disse: "Eu a trouxe aqui para dar uma olhada no orfanato por dentro".

Assim que me viu, o velho reitor me reconheceu imediatamente. "Você não é a Lottie?"

Meu nome era Lottie quando estava no orfanato. Rosy que passou a me chamar de Charlotte depois que fui morar com a família Archer.

Em seguida, o velho reitor nos mostrou o local. Foi só então que eu soube que todo o orfanato tinha sido reformado por Patrick no ano anterior.

Por isso ele estava tão diferente. Agora, não havia apenas dormitórios e salas de aula no orfanato; havia também um playground para as crianças mais novas, uma sala de aula multimídia para os mais velhos e uma sala de informática.

Além disso, Patrick também contratou professores estrangeiros para dar aula às crianças todas as semanas.

Durante a visita, eu não disse uma palavra.

Depois que a visita acabou e nós voltamos para o carro, não pude deixar de agradecê-lo. "Obrigada!"

Patrick me olhou de canto de olho e disse, com uma expressão impassível: "Eu posso reformar este lugar e deixá-lo melhor como também posso destruí-lo. Tudo depende de você".

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