Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 72

Depois do que aconteceu da última vez em que estive no Towering High Group, parece que as coisas tinham mudado de figura.

Desta vez, assim que cheguei à entrada, a recepcionista me cumprimentou educadamente: "Sra. Presidente".

Em seguida, ela abriu a porta para mim.

Na verdade, eu não achei que merecia aquele tipo de tratamento, mas aceitei mesmo assim.

Peguei o elevador e fui até o último andar.

Assim que cheguei ao corredor, vi o assistente de Patrick, Wilson, parado num canto, falando ao telefone.

Eu tive a impressão de que ele não me viu chegando.

Embora estivesse com raiva, eu estava no Towering High Group e sabia que não poderia entrar na sala sem ser anunciada. Então, por educação, aguardei ao lado, esperando para dizer a Wilson que eu estava procurando por Patrick.

Esperei em um canto e percebi que Wilson abaixou a voz e disse ao celular, praticamente sussurrando: "É verdade, o Sr. Cowell não está mesmo aqui".

Eu não estava tentando ouvir a conversa, mas estava tudo muito silencioso ao redor e eu não pude evitar escutar o que ele dizia.

Eu fiquei desconfiada, tentando entender por que Wilson, o assistente de Patrick, estava falando ao telefone daquele jeito.

Wilson continuou: "Eu deixei você entrar sem a permissão do Sr. Cowell outras vezes e levei uma bronca. Simplesmente não posso deixar você entrar mais uma vez".

"Com quem será que ele está falando?", eu pensei.

Mas, normalmente, muitas pessoas queriam se reunir com Patrick, então não dei muita bola.

Em seguida, eu o ouvi dizer: "Mas, amor, não se preocupe. Vou falar com o Sr. Cowell e pedir que libere a sua entrada também".

Quando ele disse isso, seu tom já estava muito mais leve.

Depois, ele desligou o telefone.

Após finalizar a ligação, Wilson se virou e me viu. Ele não conseguiu disfarçar a surpresa em me ver ali.

Ele me perguntou: "Sra- Cowell, você está aí faz tempo?".

Pela expressão em seu rosto, parecia que ele tinha sido flagrado fazendo algo ruim e estava tentando disfarçar.

Até então, eu pensava que ele só estava falando com a namorada e tinha sido pego conversando em horário de trabalho. Então, eu não dei muita atenção. Eu apenas sorri e disse: "Jacob, o Sr. Cowell está por aqui?".

"Não. O Sr. Cowell tem um banquete para ir à noite, então, ele já foi embora."

Wilson parecia se sentir culpado ao dizer aquilo.

Era como se ele quisesse que eu saísse dali o mais rápido possível.

A primeira coisa que me veio à cabeça foi que ele estava mentindo para mim.

Pensei que Patrick poderia estar me evitando depois te ter se apoderado da empresa de Seth.

"Então, vou até sala dele para usar o telefone", eu respondi, só para ver a reação dele.

A princípio, pensei que Wilson tentaria me impedir, então fiquei surpresa quando ele concordou. Ele acenou com a cabeça e me levou até a sala de Patrick.

Eu realmente não esperava aquela reação dele.

Dei uma volta pela sala e, depois, fui até o miniapartamento que ele tinha na parte de trás para dar uma olhada.

Depois de me certificar de que Patrick não estava mesmo lá, arrumei uma desculpa e fui embora.

Quando desci as escadas, dei de cara com a Caroline.

Nossos olhares se cruzaram ao mesmo tempo. Quando ela me viu saindo do Towering High Group, também observou a recepcionista me acompanhando, enquanto me chamava de "Sra. Presidente".

"Charlotte, você sabe que o Patrick odeia você. Então, como tem coragem de aceitar ser chamada de 'Sra. Presidente'?"

Enquanto Caroline falava, o ciúme que ela sentia exalava por seus poros.

Olhei para ela e disse, com uma expressão impassível: "Eu até entendo que ele me odeie. O que me intriga é o fato de ele gostar de você. Parece que você colocou algum feitiço nele…".

Eu falei aquilo do fundo do meu coração.

Eu realmente não entendia por que ele gostava dela.

De acordo com o que a Rosy me contou, Patrick e Caroline não se conheciam antes de concordarem com o casamento.

"O que será que Caroline fez para que Patrick se apaixonasse por ela tão profundamente?"

Patrick passava pano para todos os erros que Caroline tinha cometido. Inclusive, ele até a tinha ajudado a encobrir um crime!

Quando Caroline ouviu minha insinuação, parece que o ciúme que ela estava sentindo se transformou em complacência em questão de segundos.

Ela olhou para mim, ajeitou a roupa e disse: "Você não precisa saber de nada disso. A única coisa que você deve saber é que não importa o que eu faça, a pessoa que Patrick vai amar pelo resto da vida será sempre eu".

Eu perguntei: "Mas por quê?"

"Por quê?" Caroline se aproximou de mim lentamente e sussurrou: "Porque, sem mim, ele não seria quem é hoje".

Depois disso, um sorriso misterioso apareceu em seu rosto e ela foi embora.

"Sem mim, ele não seria quem é hoje."

Eu fiquei paralisada, pensando nas palavras de Caroline.

Eu não conseguia entender o que ela quis dizer com aquilo.

Patrick era um empresário poderoso no mundo dos negócios. Será que ele dependeu de Caroline para alcançar o sucesso?

Ou será que ele fez algo horrível e pediu a Caroline para manter segredo?

Fiquei pensando sobre as possibilidades por um longo tempo antes de decidir voltar para casa.

Depois do jantar, fiquei no sofá, esperando por Patrick. Eu não tinha certeza se ele voltaria para casa aquela noite.

Às 23h, a porta se abriu.

Assim que Patrick entrou em casa, o cheiro de perfume feminino tomou conta da sala. Pelo jeito, ele esteve cercado por várias mulheres durante a noite.

A minha ideia era conversar com ele assim que ele chegasse, mas, ao sentir aquele cheiro, desisti.

Levantei-me e comecei a ir em direção do quarto de hóspedes. No entanto, Patrick me abraçou por trás, abaixou a cabeça e disse: "Você estava me esperando voltar para casa?".

Assim que ele se aproximou de mim, várias fragrâncias femininas misturadas atingiram o meu olfato com tudo.

Eu não consegui disfarçar a cara feia e, ainda por cima, comecei a espirrar.

Na mesma hora, Patrick afrouxou o aperto, tirou o casaco e me pediu desculpas: "Sinto muito por isso".

Assim que ele me soltou, continuei a andar em direção ao quarto.

De repente, ouvi o som das roupas de Patrick caindo no chão e senti ele me segurando pelo braço. "Por que você estava esperando por mim até essa hora da noite? Você quer me falar alguma coisa?"

É, ele me conhecia muito bem.

Até então, eu tinha colocado um limite muito claro entre nós.

Mas, naquela noite, eu estava esperando por ele.

Eu me virei e, antes que pudesse responder, Patrick falou: "Você quer me perguntar sobre a empresa de Seth, não é? Acho melhor você perguntar diretamente a ele. Mas já aviso que eu não pretendia assumir a empresa dele, foi ele quem me pediu para fazer isso".

"Ele pediu sua ajuda e você concordou na mesma hora, não é? Sr. Cowell, quando foi que você se tornou tão bonzinho?", eu retruquei, ironicamente.

Eu certamente não acreditava em nada daquilo.

Mas, logo em seguida, Patrick me deu uma resposta que me convenceu de que ele estava falando a verdade.

Ele disse: "A Glorious Seth Design estava naquela situação difícil porque Caroline armou contra o Seth. E eu senti que deveria compensá-lo em nome dela".

Assim que ele terminou de falar, fiquei arrasada.

Patrick só fez tudo aquilo por causa da Caroline.

Enquanto ele tivesse alguma ligação com Caroline, Patrick não faria as coisas à sua maneira. Então, tudo o que ele fazia parecia razoável.

Abri um sorriso amargo e disse: "Sr. Cowell, gostaria de pedir que se mude daqui. Se quiser viver nesta casa, só venha quando a Caroline não fizer mais parte da sua vida".

"É impossível que ela não faça parte na minha vida",

respondeu Patrick, sem pensar duas vezes.

"Então, saia da minha casa!"

Agora, eu estava com raiva de verdade!

Eu cerrei meu punho com força e apontei para a porta, dizendo: "Você não é bem-vindo nesta casa. Por favor, saia daqui e vá para a casa de Caroline. Ela ficará feliz em vê-lo".

"Ah, Patrick… você realmente foi enfeitiçado."

Naquela noite, Patrick não foi embora.

Mas cada palavra que ele disse poderia facilmente me fazer desistir dele.

(Continua)

No dia seguinte, segui minha vida como de costume.

Quando saí do trabalho, troquei de roupa e fui até a cafeteria. Chegando lá, vi Seth sentado, vestindo um sobretudo curto, de cor cáqui, e segurando uma bolsa na mão. Ele tinha mudado o cabelo e feito um penteado mais moderno.

Ele ficou lá sentado, chamando a atenção das pessoas que entravam e saíam, bem como dos funcionários do café.

Quando eu ia cumprimentá-lo, uma moça, que parecia uma estudante universitária, aproximou-se dele timidamente e entregou-lhe um pedaço de papel, dizendo: "Oi, este é o meu número de telefone e também vinculado do FB…".

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