Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 81

Naquele momento, eu estava extremamente nervosa. Eu tinha muito medo de que Rosy me obrigasse a retirar a acusação.

Ela já tinha me ajudado muito na vida e, por isso, eu sabia que não teria coragem de recusar um pedido dela.

Rosy acenou com a cabeça depois de ouvir meu relato. Em seguida, ela fez um carinho na minha mão e disse: "Charlotte, sinto muito por você ter sido tão injustiçada".

Abaixei a cabeça e não disse nada, esperando que ela terminasse de falar.

Para minha surpresa, Rosy não me pediu para retirar a acusação. Em vez disso, ela falou: "Deixe tudo seguir seu curso natural. Caroline foi muito mimada por todos nós. Talvez seja bom para ela passar um tempo presa e aprender algumas lições. Mas, depois que ela entrar lá, Jeremy certamente encontrará alguém para ajudá-la e ela não vai ter muitos problemas na prisão. "

Claro, eu sabia que isso iria acontecer.

A prisão era dividida em diferentes níveis.

Nas piores celas, junto com pessoas como a Sra. White, eram colocadas somente as mulheres que, como eu, foram abandonadas às traças. No meu caso, ainda apareceu gente que foi paga para "cuidar" de mim lá dentro.

No entanto, se Caroline fosse presa, ela certamente ficaria sozinha em uma cela, onde haveria uma TV e um computador.

Embora ela fosse considerada uma prisioneira, a única diferença era que ela não teria liberdade para ir e vir.

Depois que saí da casa de Rosy, eu me senti um pouco aliviada.

Embora eu soubesse que com Patrick as coisas não seriam tão fáceis, eu tinha jurado para mim mesma que não cederia, não me importando com o que quer que fosse que ele usasse para me ameaçar.

Patrick me procurou uma semana antes do início do julgamento.

Àquela altura, eu já havia contratado um advogado.

Além disso, as evidências para o caso eram sólidas. Portanto, o advogado não teve muito trabalho. Era apenas uma questão de como o juiz condenaria Caroline e por quanto tempo ela seria sentenciada.

Patrick me parou na porta de casa.

Naquele dia, eu tinha ido a uma obra e feito hora extra na empresa de design para a qual eu estava trabalhando. Cheguei em casa depois das 23h.

Mesmo assim, Patrick ficou me esperando até aquela hora da noite.

"Retire a acusação."

Assim que me viu, ele foi direto ao ponto e disse o que queria sem rodeios.

"Impossível", respondi categoricamente. Depois de pensar um pouco, acrescentei: "A menos que eu morra".

"Ao ter dito isso, acho que não restaram dúvidas sobre a minha decisão, o meu ponto de vista e a minha determinação, não é?", eu pensei.

Eu o ignorei e entrei no corredor. Mas Patrick foi atrás de mim, puxou-me para a escada e me pressionou contra a parede.

Enterrando a cabeça em meu pescoço e pressionando seus lábios finos contra minhas orelhas, ele repetiu: "Retire a acusação, tá?".

Desta vez, ele falou em um tom de voz mais gentil.

Parecia haver até um tom de súplica na fala dele.

Eu fiquei um pouco balançada, mas eu sabia que ele estava usando aquele tom afetuoso não por minha causa, mas, sim, para ajudar Caroline.

Fechei os olhos, cerrei os punhos e bati com eles na parede, antes de repetir: "Impossível. A menos que eu morra!".

Minha resposta continuou a mesma.

"Na verdade, eu já sei disso faz tempo. Eu sei que você a odeia e que está com raiva dela. E, agora, você quer se vingar dela fazendo isso. Eu entendo o que você está sentindo e, por isso, eu nunca me meti nesse assunto. Deixei a polícia investigar sem tentar impedir. Mas ela já está no centro de detenção há um mês… Se você acha que isso ainda não é o suficiente, posso tentar compensá-la."

Embora eu estivesse com raiva enquanto ele falava, eu me mantive calada.

Mas a última frase que ele disse realmente me enfureceu!

"Você quer me compensar pelo que ela fez? O que você tem a ver com ela?"

Afastei Patrick de perto de mim. E a luz automática do corredor se acendeu.

Encarei Patrick de coração partido.

A ficha começou a cair quando eu perguntei: "Entendi agora. Você tem sido tão gentil comigo nos últimos tempos. Eu pensei que era porque você tinha se apaixonado por mim, mas, agora, vejo que me enganei. É só que você é tão prepotente que acha que pode pagar a dívida de Caroline comigo, não é?".

"Charlotte…"

"Não me chame pelo meu nome!", eu bradei. "Você acabou de dizer que eu a odeio. E quanto a você? Não acha que eu não o odeio também?! Afinal, é tudo culpa sua! Tudo aconteceu porque ela queria ser a Sra. Cowell!"

Parei por um momento antes de continuar: "Você pode ter certeza, Patrick, que eu vou odiá-lo pelo resto da minha vida!".

Depois disso, tentei passar por ele e sair, mas Patrick segurou minhas mãos com muita força.

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