Amor Punitivo romance Capítulo 776

Ruth estava chorando miseravelmente do outro lado da linha. "Sabrina, se apresse e venha me salvar, por favor!”.

"Não chore Ruth. Diga-me o endereço e eu irei imediatamente buscá-la", disse Sabrina aflita.

"É um albergue secreto na favela, você já morou aqui! Eles me disseram que era apenas um albergue secreto quando na verdade está cheio de pessoas especializadas em tráfico humano. Eles disseram que vão me vender para um velho, e ele estará aqui em uma hora”.

O coração de Sabrina doía ao ouvir a voz sofrida da amiga. "Estarei aí imediatamente. Se aquele velho chegar antes de mim, você precisa lutar contra ele com todas as suas forças. Ganhe algum tempo, entendeu?".

"Certo".

Sabrina desligou, pegou sua bolsa e desceu correndo, sem parar para avisar o Diretor de Design. Ela entrou no carro e só quando estava a caminho ligou para ele explicando seu súbito desaparecimento.

"Sinto muito, diretor, há um assunto urgente que preciso resolver. Voltarei assim que resolver”. Sabrina não queria que ninguém descobrisse o que aconteceu com Ruth, pois isso poderia facilmente arruinar sua reputação. Ela nunca imaginaria sua amiga nesta situação em que foi enviada pelos próprios pais. Era um lugar tão horrível. A favela foi seu lar há tempos atrás. Ruth não precisou dizer mais nada para que soubesse como era infernal o ambiente ali dentro. Enquanto dirigia, ela simplesmente não conseguia entender como os pais de Ruth poderiam ser tão cruéis. Que tipo de pessoa seria impiedosa com a própria filha, e tão amorosa com a sobrinha? Ela não era sangue deles?

Nesse momento, o telefone de Sabrina tocou novamente. A princípio, ela pensou que fosse Ruth, mas quando atendeu, era Marcus.

"Diretor Shaw, eu sei que você é um bom homem e já me ajudou antes. Mas isso não anula o que seu avô fez comigo. Ele causou muitos danos à minha vida por causa de Selene. Ele não apenas me causou danos como tentou ativamente me destruir. Mesmo que eu realmente seja sua prima, como conseguiria reconectar com seu avô neste momento? É impossível, você entende? Eu não me importaria de morrer na pobreza, consigo aguentar insultos de qualquer um, mesmo quando não tenho forças para revidar, eu aguento. Mas jamais irei bajular ninguém! Prefiro morrer de fome ou ser torturada do que estar à mercê de alguém!".

Marcus foi dominado por sentimentos diferentes com as palavras de Sabrina. Quanto mais ela insistia, mais ele tinha certeza de que Sabrina era sua prima.

Ele tinha uma pintura da posse de seu avô, feita pela sua amante. Embora não fosse uma obra-prima com valor de investimento, Marcus gostava da integridade escondida nela, junto com a caligrafia do pequeno poema que fazia parte da pintura. Ela era de flores de ameixa na neve. Mesmo pessoas como Marcus, que não sabiam nada sobre pinturas, sentiam a beleza orgulhosa que poderia sobreviver à solidão e à dor. O poema ao lado do desenho era ainda mais atraente. Dizia: 'Sem o frio, como a flor da ameixeira teria um cheiro tão doce?'.

Marcus nunca gostou de sua meia-avó mesmo sem nunca tê-la conhecido. Afinal, pessoas que se tornariam amantes de alguém não poderiam ser muito decentes. No entanto, ao colocar os olhos na pintura, o poema e a caligrafia delicada o fizeram perceber que havia uma história por trás desta mulher. Infelizmente, ela já havia falecido há muito tempo. Foi por isso que quando seu amigo se ofereceu para vender o quadro e disse que era obra de sua meia-avó, Marcus não hesitou em compra-lo. Foi a partir daí que começou a sentir respeito pela mulher. Ele estava convencido de que, embora sua tia tivesse sido criada por sua madrasta, ela teria sido educada para ser alguém como sua mãe e teria crescido para ser alguém com integridade e orgulho. A partir daí, assumiu que os filhos de sua tia também herdariam a mesma perseverança e força inflexível, exatamente como Sabrina.

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