Amor sob Disfarce: Laços de Sangue romance Capítulo 142

Sentada no canto da cela, Juliana Rocha abraçava os joelhos, com a mente repleta de imagens da festa que acabara de acontecer.

Era óbvio que Sara Nunes tinha tudo planejado.

Juliana de repente percebeu o quanto fora ingênua, depois de ter se sentido tão culpada em relação a ela.

Além disso, aquele olhar de Natanael Domingos, claramente cheio de suspeitas sobre ela, trouxe-lhe uma sensação de desolação.

"Sr. Mateus, por aqui, por favor."

"Abram a cela."

"Mas..."

"Eu disse para abrir..." A voz furiosa trouxe Juliana Rocha de volta à realidade. Levantando a cabeça, ela viu, através da porta, Mateus Batista com um olhar ansioso. Ela tentou sorrir, mas foi uma expressão dolorosa.

Mateus Batista correu até ela, olhou-a de cima a baixo, aliviado por ela estar bem. "Ainda bem que você não se machucou."

"Você esqueceu, fui eu quem machucou alguém, não o contrário," disse ela, com um sorriso amargo.

"Não diga besteiras, eu sei quem você é. Você nem consegue matar uma galinha, como poderia ferir alguém?"

Juliana Rocha ficou surpresa. "Como você sabia?"

"Não é lugar para conversar. Vamos pra casa..."

"Sr. Mateus, se você levar ela assim, como vamos nos explicar?" Quando estavam saindo, um policial uniformizado os interpelou, visivelmente preocupado.

"E se eu disser que posso provar que ela não feriu ninguém?"

Juliana Rocha olhou surpresa para Mateus Batista. "Mateus..."

Decidiu seguir eles.

Ao bater na janela, Juliana Rocha a abaixou e encarou Rui Lobato.

"Srta. Rocha, Sr. Domingos confia em você." Caso contrário, não teria pedido que ele ficasse para encontrar testemunhas enquanto ia ao hospital.

Juliana Rocha olhou para Rui Lobato, um sorriso amargo nos lábios. "É mesmo? Então ele acredita que a Srta. Sara se feriu sozinha?"

Rui Lobato ficou sem palavras. Era um assunto entre Natanael Domingos e Sara Nunes, e ele realmente não podia falar por eles.

O coração de Juliana Rocha pesou, e após uma pausa, ela sorriu sarcasticamente. Confiança? Se houvesse confiança, ele teria lhe oferecido um olhar consolador naquela hora.

Amor? Se nem a confiança básica existia, como falar de amor?