"Senhor Domingos, está na hora, devemos ir para o aeroporto." Rui Lobato fez um grande esforço para que sua voz soasse o mais normal possível.
Sua fala aliviou o clima constrangedor presente.
Com isso, todos concordaram em silêncio.
Sentado no carro, Natanael Domingos observava Rui Lobato, cujos ombros tremiam enquanto tentava conter o riso. Irritado, Natanael jogou uma pasta sobre o volante.
"Se quer rir, ria." Ele sabia que este dia se tornaria um ponto sombrio em sua vida.
"Ha ha..." Rui Lobato não se fez de rogado e começou a rir descontroladamente.
"Ha ha... Diga, Sr. Natanael Domingos, como se sente? Não é nada agradável, né? Ha ha..." A satisfação com a desgraça alheia era evidente, pois Rui e Natanael eram colegas desde o ensino fundamental, e Natanael sempre foi o centro das atenções.
Nunca havia visto Natanael ser tratado com desprezo, ainda mais por uma empregada doméstica.
Enquanto isso, Juliana Rocha abriu a sacola preta que o Dr. Jonas Soares lhe entregara, encontrando várias embalagens de absorventes de diferentes tipos e marcas. Ela não pôde evitar um sorriso, admirando como aquele homem havia pensado em tudo. No saco, também havia uma calcinha feminina e uma calça jeans.
Ela corou novamente, impressionada com a atenção dele e, ao mesmo tempo, emocionada.
Depois de se arrumar rapidamente, ela saiu do banheiro e viu Dr. Jonas Soares encostado na parede do corredor.
Ao vê-la, ele se aproximou. "Está tudo certo?"
Ele foi direto ao ponto, e Juliana Rocha corou novamente.
"Obrigada." Ela murmurou quase inaudível.
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