Amor sob Disfarce: Laços de Sangue romance Capítulo 73

De repente, uma dor lancinante irradiou-se do tornozelo de Juliana, fazendo com que ela instintivamente levasse a mão ao coração. Ao baixar o olhar rapidamente, vislumbrou uma serpente grossa, de mais de dez centímetros de comprimento, serpenteando sua perna. Desde pequena, ela não tinha medo de nada, sua mãe dizia que seu temperamento era como o de um menino; lagartas, baratas, ratos, ela não temia nada disso, mas tinha um medo extremo dessas criaturas escorregadias.

Ela cobriu a boca, incapaz de gritar, e observou aterrorizada enquanto a serpente se enrolava ao longo de sua perna. Esse medo fez seu corpo começar a tremer violentamente, e, naquele momento, pela primeira vez em sua vida, ela pensou que seria melhor estar morta.

Ela permaneceu parada, incapaz de se mover, enquanto via a serpente envolver metade de sua perna.

Lembrou-se da caixa de maquiagem em sua mão direita, mas estava paralisada pelo medo, temendo que qualquer movimento fizesse a serpente atacar seu rosto ou corpo.

Nesse caso, preferia ser mordida até a morte.

Não é de admirar que algumas pessoas morram de medo, naquele momento, Juliana Rocha podia compreender esse sentimento.

Sem saber se a serpente era venenosa, sua visão começou a ficar turva.

À noite, os carros para a ilha são muito escassos, e Rui Lobato acelerou propositalmente.

Assim, em pouco mais de uma hora, chegaram à ilha.

O gerente do hotel já estava aguardando do lado de fora, e ao ver o carro de Natanael Domingos parar, apressou-se em recebê-lo. "Sr. Domingos, nós verificamos as câmeras de segurança próximas ao hotel, e aquela moça parece ter ido para o leste da ilha..." As sobrancelhas franzidas do gerente deixaram Natanael Domingos confuso.

"Leste da ilha? O que quer dizer?"

Diante da imponente presença de Natanael Domingos, o gerente claramente engoliu em seco e enxugou o suor da testa.

"É a parte leste da ilha, onde há uma grande floresta. Como ainda não foi desenvolvida, normalmente proibimos a entrada de visitantes lá, porque... porque..."