Amor sob Disfarce: Laços de Sangue romance Capítulo 79

Rui Lobato, seguindo atrás, desviou o olhar entre os dois por um momento antes de sacudir a cabeça, sem esperança.

Caminhando, virou-se para Juliana Rocha e disse: "Tome seu tempo comendo, nós vamos esperar no carro." Observando Rui Lobato se afastar rapidamente, Juliana Rocha mordeu o pão com força.

Revirou os olhos em frustração. Que tipo de pessoa era essa? Que gostava dela? Parecia que ela tinha imaginado demais.

Com uma aparência e um temperamento tão desagradáveis como os dele.

No caminho de volta, reinava um silêncio desconfortável.

A lembrança dos eventos na ilha veio à tona quando Rui Lobato mencionou que havia uma placa em uma marca de importados que dizia: "Visitantes, não passem", e que havia uma balsa no lado leste. Mas quando se perdeu, pensou que entrar naquela floresta tinha sido um acidente, do qual não se preocupou mais depois de partir.

Desde então, por um tempo, ela e Natanael Domingos não tiveram mais nenhum contato. Se não fosse por uma lembrança muito vívida daquela noite, Juliana Rocha até pensaria que tudo havia sido um sonho.

Quando voltou ao trabalho, estava muito ocupada; a empresa tinha recebido muitos projetos grandes. Quanto aos eventos na ilha, Juliana Rocha gradualmente parou de se preocupar com eles.

Ela tinha um certo receio e resistência em relação ao Gerente Leão. Por isso, assumiu todos os trabalhos externos que os maquiadores evitavam, correndo de um lado para outro todos os dias, mas ainda assim mantendo a calma.

Agora, em Canela, era o auge do inverno. Quando saía, o vento frio cortava até os ossos. Sem transporte próprio, ela dependia do ônibus para ir a qualquer lugar.

Embora fosse desafiador, pelo menos tinha sua liberdade.

"Motorista, eu realmente esqueci de trazer dinheiro hoje, olha, aqui está minha identificação do trabalho", o jovem tentava explicar, mostrando seu crachá pendurado no pescoço ao motorista.

Quando o ônibus parou, Juliana Rocha se levantou e foi até a porta, mas o rapaz estava bloqueando o caminho. Sem hesitar, ela retirou duas moedas da bolsa, esticou-se para frente, passou pelo jovem e inseriu as moedas na máquina. "Vamos, desça logo. Eu paguei por você. Tem gente esperando para sair", disse ela baixinho, sem olhar para ele.

O rapaz se virou, surpreso, olhou para Juliana Rocha e depois para o motorista, pegou seu crachá e saiu com a multidão.

"Oi, obrigado mesmo agora há pouco", disse alguém, segurando Juliana Rocha pela mão assim que ela deu dois passos.

Era o mesmo rapaz de antes.