Antes do Amor: A Doce Jornada da Paternidade romance Capítulo 116

"Mamãe..." - Alex chamou suavemente, depois virou-se para olhar para o irmão, parecendo um pouco assustado.

Marcos, com as sobrancelhas bonitas como as do pai, levantou-as levemente e pegou a mão do irmão, caminhando em direção à mamãe: "..."

"O que vocês fizeram?" - O olhar de Kátia caiu sobre Marcos, já que ele era um mestre hacker.

Marcos sabia que não podia escapar dos olhos da mamãe, mas ele estava bastante confuso, por acaso... a mamãe não deveria estar feliz?

Aquele tal de Wanda ainda havia a maltratado anteontem à noite!

Kátia ficou em silêncio, esperando pela resposta do filho. Marcos também sabia que a internet estava fervilhando naquele momento.

"Mamãe." - Marcos se aproximou e segurou a mão dela, indignado: "Você nem imagina o que aconteceu ontem de manhã, Benedito levou sua filha na cadeira de rodas..."

"Então por que a punição para ele foi tão leve?" - Kátia interrompeu com um sorriso, trazendo os filhos para um abraço: "Da próxima vez, me avise antes de fazer algo assim, para eu também me divertir!"

Marcos e Alex ficaram levemente surpresos e, então, sorriram radiantes, olhando para cima: "Certo!"

Algumas horas depois, sob um céu noturno nebuloso, Kátia estava em frente à janela de um alto edifício, seu olhar percorrendo as luzes neon da cidade.

Ela lembrava da vida seis anos atrás, cada momento de traição marcado em seu coração como uma lâmina afiada.

Logo, uma ligação chegou, ela atendeu, pressionando o celular contra o ouvido.

"Chefe, eu trouxe ele." - Um subordinado relatou.

"Ótimo."

Após desligar, ela se virou e saiu.

Dentro de um restaurante sofisticado, Leandro estava sentado à janela, com guardas pesados na porta, sem chance de fuga.

Rapidamente, Kátia apareceu à porta, pai e filha se encarando.

"Meus avós não foram bons com você?" - Kátia olhou para ele desapontada, esse homem, que ela um dia respeitou tanto como pai.

Inacreditavelmente, até agora, ele não mostrava nenhum sinal de arrependimento, ignorando suas palavras, sem nenhum remorso por ela, sua filha.

Entre a conversa, uma atmosfera tensa e delicada se espalhava pelo ar.

Os pensamentos de Kátia, como peças num tabuleiro de xadrez, cada movimento meticulosamente planejado, já que ele mantinha essa postura, ela também não precisava ser leniente.

"Lembra da Júlia? A sobrinha de Gabriela, a sobrevivente do incêndio." - Um brilho de triunfo apareceu nos olhos da garota.

Leandro, de repente, levantou-se: "Não tenho tempo para desperdiçar aqui com você! Se é tão capaz, chame a polícia!" - Dizendo isso, ele caminhou até a porta, sendo interceptado.

Kátia olhou por um longo tempo para sua figura partindo, então fez um gesto, e seus subordinados abriram caminho.

Observando a silhueta de seu pai se afastar, ela sentiu que era hora de encerrar, essa conexão familiar, como se nunca tivesse existido.