Antes do Amor: A Doce Jornada da Paternidade romance Capítulo 123

Na mansão do segundo andar, Kátia abriu a porta suavemente e, virando-se para o homem atrás dela, disse: "Senhor, por favor, entre."

O homem de meia-idade estava tão emocionado que seus lábios tremiam e seus olhos cheios de lágrimas despertavam compaixão, como alguém que carrega um turbilhão de pensamentos mas não sabe como expressá-los naquele momento.

Quando Kátia entrou, lembrou-se das bondades de Ítalo, que estava ajudando-a de forma eficiente.

Ela começou a ver esse homem sob uma nova luz e sentiu uma proximidade inexplicável com ele.

"Bom dia, Sra. Silva." - A cuidadora que vigiava Otávio 24 horas por dia cumprimentou-a respeitosamente antes de se retirar.

Assim que entrou, o irmão de Otávio viu imediatamente seu irmão deitado na cama!

O rosto que ele havia lembrado por seis anos apareceu diante de seus olhos novamente, como em um sonho, fazendo com que ele se emocionasse instantaneamente.

"Otávio! Otávio! Sou Pedro, vim te ver!" - Ele não conseguiu conter as emoções e se ajoelhou ao lado da cama, com a voz trêmula: "Otávio!"

As lágrimas de Kátia começaram a escorrer, e ela rapidamente levantou a mão para enxugá-las, após ouvir claramente o nome dele. Ela se aproximou por trás dele: "Pedro." - E então sussurrou gentilmente para ele —

"Otávio ainda está se recuperando, só podemos esperar que ele acorde por conta própria."

Segurando a mão de Otávio, Pedro levantou os olhos marejados e ouviu-a dizer —

"Mesmo quando acordar, por enquanto... não será capaz de se comunicar, ele acorda por algumas horas todos os dias." - Kátia também se sentia culpada, o tratamento com ervas não tinha efeitos colaterais, mas o processo era mais lento.

Pedro assentiu, retirando lentamente o olhar, não se sentindo devastado, mas apenas recolhendo seus pensamentos.

Ele era muito racional, considerando que salvar uma vida e ainda estar vivo já era um resultado inesperadamente bom, então ele estava grato.

Kátia o confortou: "Fique tranquilo, eu vou curá-lo, sou médica."

Suas palavras eram reconfortantes e poderosas.

As crianças estavam vestidas de forma brilhante e colorida, com camisas estampadas e macacões, muito na moda.

Com uma mamadeira pendurada no pescoço e sorrindo, seus rostinhos tinham covinhas adoráveis e olhos brilhantes.

"Já acordaram?" - Ele se aproximou, agachou-se e os levantou, um em cada braço, mostrando sua força: "Vamos ver se cresceram um pouco?"

"Sr. Ribeiro." - Os empregados o cumprimentaram respeitosamente, todos felizes com seu retorno.

"Sim, sim! Comemos bem!"

"E não somos exigentes com a comida!"

As crianças disseram a ele: "Papai, temos ovos cozidos hoje, o favorito do irmãozinho!"

Lá em cima, Kátia instruiu um empregado: "Prepare um quarto para Pedro, ele vai morar aqui a partir de hoje."