Antes do Amor: A Doce Jornada da Paternidade romance Capítulo 33

Na sala de jantar, um breve silêncio pairou no ar. Quando papai e mamãe se entreolharam, um grito silencioso de alarme surgiu no fundo do coração das crianças, que logo perceberam que algo ruim estava prestes a acontecer!

Então, Marcos rapidamente serviu um pouco de suco para Kátia: "Mamãe! Mamãe, isso é delicioso! Você tem que experimentar!"

"Papai, esse camarão está tão delicioso. Deixe-me descascar um para você!" - Alex se apressou em se levantar e foi até o Ítalo.

Com a intervenção das crianças, a situação foi amenizada.

Depois do jantar.

As crianças, que eram naturalmente sociáveis, seguraram a mão da mamãe, uma de cada lado, e a levaram para um passeio pela casa, apresentando-a a cada cômodo.

Como mamãe iria morar no local permanentemente e se tornar a proprietária da casa, era necessário que ela se familiarizasse com os arredores.

Uma piscina externa, cinema particular, sala de café, biblioteca, academia, playground... e o quarto que Sofia havia preparado para ela! As crianças mostraram tudo.

"O que você achou, mamãe? O nosso pai é realmente rico, certo?" - Marcos disse com orgulho: "Ele mora sozinho em uma casa tão grande! Dizem que ele tem outras propriedades também!"

"Sim." - Ela respondeu distraidamente, sem muita emoção: "Agora que já fizemos a turnê, vocês podem voltar comigo?"

"O quê?" - As crianças olharam para ela, confusas: "Para onde?"

A família de Kátia tinha suas regras e, lembrando-se de que as crianças haviam saído sem se despedir e agora estavam adorando o pai, ela se sentiu um pouco desconfortável por dentro.

Ela os levou diretamente para o quarto que Sofia havia preparado e fechou a porta atrás de si.

"Mamãe..." - Marcos segurou a mão de Alex, sentindo um clima tenso. Eles, inteligentes como eram, também perceberam algo.

Kátia permaneceu em silêncio, sentou-se em sua cadeira e olhou para eles com frieza.

As crianças, de mãos dadas, trocaram olhares e depois se aproximaram dela juntas.

Assim, como irmão mais velho, Marcos sempre foi responsável e começou a se desculpar: "Mamãe, nos desculpe... Procurar o papai por conta própria foi uma atitude que a magoou, e não levamos em consideração seus sentimentos."

As crianças que ela havia criado com tanto esforço agora estavam sendo disputadas por outra pessoa. Como mãe, era natural que ela sentisse uma grande inquietação no coração.

Dizia-se que ele era distante das mulheres, sensível e desconfiado, sempre cético quanto aos sentimentos humanos. Seu humor, imprevisível, alternava entre momentos de frieza e explosões inesperadas.

"Mamãe, vamos tomar um banho!"

"Podem ir."

As crianças beijaram seu rosto e se viraram para sair. Eles estavam vivendo felizes naquele lugar, e Kátia podia sentir isso.

O quarto era grande, próximo ao quarto principal, decorado não apenas esteticamente, mas também de forma aconchegante.

Na penteadeira havia um lindo buquê de lírios.

Então, meia hora depois, quando ela decidiu ver como estavam as crianças, abriu a porta e deu de cara com Ítalo, que estava passando vestindo apenas uma toalha e sem camisa.

"Ah!!!"

Kátia gritou e se virou instintivamente, cobrindo os olhos e batendo a cabeça na porta - sentindo uma dor latejante.