Antes do Amor: A Doce Jornada da Paternidade romance Capítulo 35

Kátia olhou nos olhos esperançosos das crianças, incapaz de recusar. Elas só queriam que a mãe e o pai dormissem com elas por uma noite, nada mais.

Rapidamente, a porta do quarto se abriu e Ítalo entrou correndo com um adesivo para febre e um copo de água.

"Deixa que eu seguro ele. Você coloca o adesivo, já que tem mais experiência." - Ele disse, colocando o copo na mesa e retirando Marcos das mãos da mulher, sentando-se na beirada da cama.

Kátia habilmente abriu o adesivo e o colocou na testa do menino: "Não costumamos dar remédios para crianças, porque o corpo humano tem sua própria imunidade."

"Ah." - Ele ouviu atentamente.

Marcos, sentado no colo do papai, estendeu a mão para pegar o braço da mamãe: "Podemos dormir juntos esta noite? Por favor?" - Sua voz era fraca e doentia, suplicando de uma forma adorável.

A mulher se abaixou quando foi puxada, encontrando os olhos profundos e escuros do homem e rapidamente desviou o olhar, com o coração batendo descontroladamente.

Marcos olhou para o papai e depois para a mamãe: "Estou doente, vocês não podem concordar só dessa vez?"

"Nós dois vamos dormir no meio, e mamãe e papai nas laterais, tudo bem?" - Foi quando Alex interveio: "Poderiam realizar nosso pequeno desejo?"

Por alguma razão, Kátia não se atreveu a olhar nos olhos do homem novamente, talvez pela aura naturalmente imponente que ele exalava.

Tentou se soltar, mas seu braço foi segurado firmemente por Marcos, como se ele não fosse soltá-la até que ela concordasse.

Sob a suave luz amarela, Ítalo a observou de perto pela primeira vez. Seu rosto, naturalmente belo e sem intervenções cirúrgicas, exibia uma pele encantadoramente limpa e radiante. A visão dela despertava nele o desejo de se aproximar.

"Papai, estou com tanto sono..." - Marcos começou a fazer barulho: "Mamãe..."

Kátia olhou para Ítalo, que estava segurando a criança, e seus olhares se encontraram novamente.

Sobre como deveria dormir naquela noite… como ela poderia se atrever a falar sobre isso antes dele pronunciar?

"Mamãe, venha ajudar!" - Alex já estava na cama, arrumando o cobertor, dizendo para si mesmo: Em vez de apenas falar, era melhor começar a agir.

Kátia sentiu pena das crianças e também se sentiu em dívida.

"Vamos! Suba na cama." - Alex a puxou para cima e, com a outra mão, puxou Ítalo: "Papai, suba também. Conte-nos uma história! Os outros pais sabem como contar histórias!"

"Sim, os papais da Keila e do Fernando, da minha turma, são os reis das histórias. Eles contam para eles toda noite." - Marcos estava cheio de inveja.

Ao ouvir isso, Kátia se sentiu vulnerável, sempre querendo dar a eles o melhor, mas sem o básico.

Alex a puxou para se sentar na beirada da cama e depois apagou a luz, mergulhando debaixo do cobertor ao lado do irmão: "Que delícia! Vamos ouvir uma história do papai!"

Ítalo, como chefe da família e dono do quarto, falou com um tom descontraído: "A cama é grande. Vamos dormir juntos. Contar histórias não é bem a minha especialidade. Pode contar hoje à noite? Aproveito para aprender."

"Então, amanhã será a vez do papai?" - As crianças ficaram ansiosas.

"Claro." - Ítalo gentilmente levantou o cobertor e se deitou ao lado de Alex.