Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo romance Capítulo 53

Charlotte

Hoje eu aprendi o que é fazer amor, hoje foi a minha verdadeira vez e não poderia ser melhor. Todo o valor, os arrepios, as trocas de olhares, troca de carinhos, ficarão guardados dentro de mim eternamente.

Por mais que me doesse ter que dizer não pro Christopher, como eu poderia fazer diferente? Exatamente por ele insistir tanto em querer é que eu não posso deixá-lo se afundar junto comigo. Ter um filho na adolescência é a mesma coisa que manchar o currículo, ele já não seria mais visto como um jovem talento, como um jovem prodígio, ele seria visto como um inconsequente, irresponsável, talvez perderia as chances de ter sucesso... Seria obrigado pela sociedade a posar de pai aos dezoito anos de idade, comprar fraldas, pagar pensão, e quando ele fosse se casar, ter um filho seria motivo de intrigas e poderia atrapalhar tudo. Seria doloroso pra mim vê-lo se esforçar e se acabar por algo que ele não tem obrigação.

Cheguei na sala de estar e o meu pai estava andando de um lado para o outro, assim que me viu veio de encontro comigo, peguei minha bolsa e passei reto rumo à porta de saída, ignorando-o.

(...)

— Lá em casa eu quero falar um assunto de extrema importância com você, — meu pai fala enquanto dirige.

— Pai, eu também tenho algo pra falar com o senhor.

— Você já falou tudo o que tinha que falar, Charlotte, agora só vai me ouvir e fazer o que eu mandar.

— Pai, mas é importante! O senhor precisa saber disso...

— O que foi? Pegou alguma doença? Se não for isso então não é tão importante e eu não preciso saber... Você é menor de idade e só vale a minha palavra.

— Pare com essa merda, pai, pare de bancar o general, tá? Quando o bebê nascer eu já vou ser maior de idade e aí? Como vai ser? Pensa que eu vou te amar e te agradecer pelo que está fazendo com a situação?

— Até lá tem muito chão, Charlotte, se você for ingrata o suficiente para se virar contra mim eu só terei que me lamentar, mas por enquanto eu vou te guiar pelo caminho certo.

— Você é quem sabe, pai, continue errando comigo, daí eu saberei como não fazer com o meu bebê.

Seguimos em silêncio até em casa, uma hora ou outra ele vai ter que ouvir que o Christopher não é o pai e da criança, aí ele vai ter que engulir sapo e saber de tudo o que eu fiz... O Christopher vai parecer um santo para ele. E com o meu pai agindo assim eu me sinto muito mais corajosa para contar tudo.

(...)

Estamos eu e meus pais no meu quarto, estou sentada na cama e eles em pé de frente para mim.

— O que vocês tem em mente? — pergunto magoada.

— Adoção, — minha mãe disse baixinho, quase não consegui ouvir.

— Não, próxima idéia? — falei retrucando.

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