Todos saíram de casa ultimamente, logo achavam que Théo não estava também.
Théo segurava uma caixa de presentes nas mãos, e ao levantar a cabeça, viu Chloé empurrando a cadeira de rodas de Enrico. Eles pareciam muito doces juntos, o que o deixou esconder a caixa atrás de si, dizendo:
- N-nada. - Então ele se virou e foi embora.
Ele caminhou muito rápido, como se estivesse fugindo, e logo entrou em seu próprio quarto.
Ele fechou a porta, a caixa em suas mãos estava sendo apertada com força. Pensou na cena que acabara de ver. Na verdade, Chloé e Enrico não fizeram nada demais, mas para ele, aquilo tudo era tão irritante.
Depois que Théo saiu, Enrico continuou olhando para suas costas. Pelo jeito, ele queria dar a Chloé um presente?
Ele se virou, olhando de volta para Chloé e, para sua surpresa, o sorriso no seu lindo rosto permanecia o mesmo. Do começo ao fim, ela parecia não ter visto Théo, empurrando a cadeira de Enrico para o seu quarto.
Normalmente, a esta hora, já estariam todos dormindo, apenas hoje era uma pequena excepção.
Depois de tomar banho, Chloé se deitou na cama, mas não tinha sono, provavelmente porque estava excitada.
Ela olhou para Enrico ao seu lado. A cama desse quarto era muito grande. Eles se deitaram um de cada lado, e ainda havia um espaço no meio deles.
Enrico também não estava com sono. Ele estava com um tablet nas mãos, vendo fotos que foram enviados a ele por Gabriel. Eram todas desta noite, e a maioria eram fotos de Chloé.
A sua cara feliz e sorridente estava presente em todas elas.
Chloé não pôde deixar de querer provocá-lo novamente. Tomou coragem e disse:
- Enrico, eu acho que você não gosta nem um pouco de mim.
Enrico não pôde deixar de olhar para ela indignadamente, se isso ainda era não gostar dela, então o que seria gostar dela?
Na sua opinião, já que tinha feito o seu melhor para Chloé. Ele nunca tinha agradado tanto uma menina nessa vida.
- O que eu fiz de errado? - Enrico bem que queria saber o que essa garota ainda podia reclamar.
- Você nunca tomou a iniciativa de me abraçar.
- Ah, é? - Enrico sempre achou que ele era aquele que tomava a iniciativa.
- Sim! - disse Chloé. - Toda vez fica se esquivando de mim, eu sou tão feia que você nem quer olhar, né?
- Claro que não. - Negou Enrico. Chloé podia não ser a mais bonita do mundo, mas era a de que ele mais gostava.
Quem ousa dizer que sua esposa é feia, ele mandaria arrancar os seus olhos.
- Então você me abrace por vontade própria. - Chloé não se conteve, expondo o seu verdadeiro propósito.
Enrico olhou para o jeitinho e soube que ela estava precisando de uma lição outra vez.
Ele fechou o tablet e o colocou de lado, indiferente e frívolo.
Chloé não ficou surpresa com a sua reação fria.
Normalmente ela tem que provocá-lo por um longo tempo antes que ele tenha alguma reação.
É assim mesmo, Enrico é uma pessoa séria demais.
Talvez ele nunca tenha flertado com garotas nesses anos todos, pensou Chloé.
Mas quanto mais ele fica assim, mais ela quer provocá-lo!
Ela se inclinou sobre ele e colocou os braços em volta do seu pescoço.
- Não consigo dormir, preciso do seu beijo para dormir. - Chloé disse.
Enrico olhou para a garota diante de si, na verdade ele não pretendia tocá-la esta noite. Depois do aniversário de hoje, ela finalmente tinha 19 anos, e ele estava esperando chegar ao próximo dia de trabalho para levá-la ao cartório e tirar certidão de casamento deles.
Jamais esperava que ela viesse provocá-lo.
Com os olhos em sua Chloé, Enrico esticou o braço e enlaçou a sua cintura, trazendo o seu corpo para mais perto de si, e pousou um longo beijo em seus lábios.
Chloé pensou que ele iria beijá-la levemente e se afastar, como sempre, mas ela se enganou.
Enrico firmou o corpo dela em seus braços e virou-se, ficando por cima da garota.
A troca repentina de posições fez a palpitação de Chloé acelerar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Apaixonada pelo meu senhor
Plágio da segunda noiva ou ao contrário?...