Após divórcio, ex-marido implora por reconciliação todo dia romance Capítulo 52

- O Presidente Borges de fato não usou o cardápio, ele disse que os primeiros dois pratos estavam deliciosos, e pediu que eu trouxesse mais dois do mesmo chef. - Comentou a garçonete.

Tatiana riu e olhou friamente para a garçonete ao lado.

- Então você ignora a ordem dos pedidos e traz o que for impressionar o Presidente Borges?

- Por que você fala de maneira tão desagradável? - Respondeu a garçonete irritada.

Ela realmente queria chamar a atenção dele, mas ser confrontada na frente de Lorenzo era outra história.

Tatiana riu friamente e não quis mais se envolver.

Ela já havia dito a verdade, e se falasse mais alguma coisa, só arranjaria problemas.

Ela pegou a bandeja da garçonete com um movimento rápido e olhou para Lorenzo.- Desculpe, Presidente Borges, esses dois pratos foram previamente encomendados por outros clientes, então não vou deixá-los para você. Se as duas opções na sua mesa não forem suficientes, chame outra garçonete para adicionar mais dois pratos. Preciso continuar entregando pedidos, então não vou mais incomodar vocês dois.

Ela falou com tanta humildade que nem mesmo Carolina não conseguiu responder com sarcasmo.

Quando ela se virou para ir embora, Lorenzo disse:

- Mas se esses dois pratos não estão no cardápio, como posso adicioná-los?

- Os outros pratos do Restaurante Aroma são igualmente deliciosos, tenho certeza de que o Presidente Borges encontrará algo ao seu gosto. Não vou demorar mais para não estragar seu apetite. - Disse Tatiana, e saiu sem dar chance a ele de estender o diálogo.

Ela fugiu rapidamente, sem se importar com a expressão sombria do homem atrás dela.

O silêncio retornou à sala privada, e a atmosfera ficou estranhamente tensa, tanto que Carolina, sentada em frente a Lorenzo, mal se atreveu a falar.

Aquele homem, quando estava irritado, era extremamente assustador.

Mas felizmente, o alvo de sua ira era Tatiana!

Pensando nisso, ela tentou fazer com ele se irritasse ainda mais.- Quem diria que a mão da minha irmã é tão firme, segurando dois pratos sem derramar nada, deve ter sofrido muito no exterior.

Ela ficou observando a expressão de Lorenzo, e se alegrou quando viu ele franzindo ainda mais a testa.

Até uma simples menção a Tatiana o irritava.

Ela baixou as pálpebras e continuou:

- Também é culpa da minha irmã por não ceder. Minha mãe me disse outro dia que nunca devia ter deixado ela ir. Afinal, depois de tantos anos criando ela em nossa casa, não deviríamos ter deixado ela ir sozinha.

- Chega, não fale mais dela. - Interrompeu Lorenzo com uma carranca, levantando a mão para afrouxar a gravata, tentando aliviar a opressão no peito.

Mas a imagem de Tatiana não saía de sua cabeça.

A determinação dela ao se virar para ir embora, o jeito como ela arrancou a bandeja, a tristeza dela sozinha sob a árvore, e como ela se jogou nos braços de Murilo...

Quanto mais pensava, mais o fogo dentro dele crescia.

Ele estava confuso. Pensava se ela havia sofrido muito no exterior, mas também não entendia as atitudes dela no presente.

Uma voz em sua cabeça insistia que ela o havia traído, afinal, ela estava planejando aquele divórcio há tempos.

Duas emoções conflitantes lutavam dentro dele, deixando seu rosto incontrolavelmente sombrio.

- Vamos jantar. - Disse ele com uma voz fria.

Carolina não ousou dizer mais nada, apenas se levantou cautelosa.

- Então, devemos adicionar mais dois pratos? Hoje é raro encontrar Gael cozinhando, com você aqui, eles certamente não vão me enganar dizendo que ele não cozinha mais.

- E então, Presidente Borges, que tal mais dois pratos? - Perguntou uma garçonete próxima.

Ela mal tinha dado dois passos à frente quando foi assustada por um resmungo frio:

- Saia.

A mulher ficou chocada.

O olhar frio de Lorenzo a assustou.

- Não entendeu?

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