Após Minha Morte, Aprendendo a Viver Bem romance Capítulo 101

Quando acordei no hospital particular, minha mente ainda estava completamente desligada.

Ao ver a expressão ansiosa e desgostosa no rosto de Lúcia Batista, finalmente respirei aliviada, agradecendo por ter sido salva.

Lúcia, com o rosto vermelho, olhou para mim e disse, “Noémia Barroso, você é realmente selvagem... você estava drogada e quase me estrangulou!”

“Desculpa, eu realmente não estava em mim.”

Eu apressei-me a balançar a cabeça, temendo pensar no que poderia ter feito para que Lúcia ficasse vermelha de vergonha.

Lúcia deu um leve tapa na minha cabeça, “Você me deve mais uma, isso mesmo.”

“Eu realmente sou grata, nunca vou esquecer. Da próxima vez...”

Ela me interrompeu, passando-me o celular.

“Não se preocupe em me pagar de volta agora, primeiro resolva o problema da sua família.”

Fiquei chocada ao ver o vídeo no telefone, a mulher nua que aparecia era de fato eu.

O homem comigo era irreconhecível, mas seu perfil parecia um pouco com César Reis.

E o lugar onde “nós” estávamos entrelaçados era nada menos que um compartimento reservado de um restaurante...

Não precisava ver os comentários para saber que os usuários das redes sociais devem ter enlouquecido, assim como eu.

“Você disse... que me salvou...”

“Ele, eu...”

Eu já estava falando sem nexo.

Inconscientemente toquei meu corpo, Lúcia me lançou um olhar de desdém.

“Eu cheguei a tempo, o que você está procurando?”

Ela pegou o celular de volta, “Você certamente tem um plano, certo? Agora, o que é tão difícil sobre alterar rostos com IA?”

Eu apenas acenei, sentindo que a situação ia piorar.

Embora as principais plataformas tenham rapidamente removido o conteúdo, sabia que as cópias privadas ainda circulavam.

Um vídeo de cinco minutos era mais do que suficiente para destruir minha vida.

Quando peguei meu celular, percebi que estava inundado de ligações.

Praticamente todos que tinham algum relacionamento comigo ou estavam apenas curiosos tinham ligado.

Lúcia me olhou preocupada, “Eu falei com Carla Freitas sobre isso, disse para ela não se preocupar.”

“Eu também consegui as gravações de vigilância do restaurante, mas só as partes em que eu estava levando vocês embora. O resto foi destruído.”

“Você quer que eu esclareça as coisas? Aquele restaurante pertence a um amigo do meu pai.”

Eu segurei o celular sem dizer nada, provavelmente sabendo quem estava por trás disso, mas não esperava que fossem tão baixos.

“Lúcia, você pode perguntar por que só aquela sala privativa estava disponível?”

“Já perguntei. Todas as salas foram reservadas, as refeições foram pagas, mas ninguém apareceu.”

“Pagaram em dinheiro, a pessoa usava um boné de aba curta e uma máscara, então era impossível reconhecer. E mesmo que pudéssemos...”

Ela não continuou, mas eu entendi, mesmo que pudéssemos identificar, o que poderíamos fazer? As pessoas têm dinheiro para gastar, e você não pode fazer nada sobre isso.

Quando Tomás Moreira ligou, eu simplesmente desliguei.

Eu já podia imaginar o que ele diria, só de olhar para as quase quarenta chamadas perdidas.

O telefone de Lúcia tocou, e ela atendeu com uma expressão de surpresa.

“Alô, por favor...”