Após Minha Morte, Aprendendo a Viver Bem romance Capítulo 1112

Tomás, reconheci o jipe dele, só não sabia por que ele também estava aqui.

O capô já estava deformado, e ninguém saía de nenhum dos veículos.

"Luisa, chame a polícia, rápido!"

"Cadê o segurança, cadê o segurança?!"

Estando num condomínio de alto padrão, naturalmente havia segurança 24 horas.

A mansão do Velho Sr. Moreira também ficava neste condomínio, e para minha surpresa, Tomás estava aqui hoje também.

Corri rapidamente para o lado do veículo, a porta do motorista estava deformada, e por mais que eu tentasse, não conseguia abri-la.

Por sorte, o segurança do condomínio chegou rapidamente, conseguindo finalmente retirar Tomás, que estava desacordado.

O motorista da outra van parecia estar ainda mais gravemente ferido, coberto de sangue, também inconsciente.

Sem perder tempo com os outros, ajudei Tomás a entrar no carro da administração.

Era a segunda vez que Tomás estava moribundo em meus braços, a última vez foi quando ele me defendeu, e então perdeu a memória.

As memórias mortas ressurgiram, e me lembrei de todas as vezes que Tomás havia me salvado.

"Tomás."

Chamei seu nome suavemente, mas ele não se mexeu.

Talvez ele estivesse voltando para a antiga casa, ou talvez estivesse me seguindo, mas de qualquer forma, ele me salvou mais uma vez.

Eu tinha medo de abraçá-lo com força, mas também tinha medo de soltá-lo, temendo que ele pudesse morrer assim.

O telefone de Tomás tocou, ao ver que era Benícia, fiquei sem saber o que dizer, mas acabei atendendo.

"Tomás, você ainda está me evitando..."

"Tomás sofreu um acidente, estamos a caminho do Hospital Batista."

Tentei manter minha voz o mais calma possível, mas não consegui evitar tremer.

Tomás já tinha se machucado duas vezes tentando me salvar, eu não sabia como estava seu estado agora.

"Certo, entre em contato com o Velho Senhor agora, e informe sobre o ocorrido a Yago, peça para ele contatar os Marinhos."

Se algo acontecesse comigo, não seria bom nem para a família Martins nem para a família Marinho.

Sem falar que, se os meus direitos de ações caíssem em mãos erradas, seria algo que ambas as famílias jamais permitiriam.

E antes mesmo de chegarmos ao hospital, Benícia já estava esperando na entrada.

Ao ver o médico correndo em nossa direção, ela também correu para cá.

Os paramédicos retiraram Tomás, e ela ficou paralisada.

"Tomás, Tomás, sou eu, Benícia, você está me ouvindo? Tomás!"

Ela seguiu os paramédicos para dentro, sem sequer me dar atenção.

Pensei por um momento e segui para dentro também, Tomás estava ferido por minha causa, eu não podia simplesmente ignorar.

Além disso, a polícia certamente iria aparecer, e provavelmente seria complicado.