Após Minha Morte, Aprendendo a Viver Bem romance Capítulo 216

"Quando começamos, todos nós éramos do mesmo dormitório, eu quis dar a ela um voto de confiança, mas quem diria que depois de tantos anos ela ainda teria segundas intenções!"

"Aproveitando-se do estado em que o Tomás se encontra agora, ela se insinuou, isso é tão indigno, não é?"

Carla estava tremendo de raiva e suas mãos ficaram frias.

E meu coração ficou ainda mais frio, eu não sabia que a Beatriz tinha esse lado.

Eu sabia que a Beatriz e o Tomás se conheciam, afinal, não eram poucas as garotas que conheciam o Tomás.

Naquela época, eles trabalhavam juntos no programa de trabalho e estudo, no refeitório da faculdade.

Eles pareciam um pouco mais próximos, e eu não via problema nisso.

Na verdade, eu até admirava a Beatriz, afinal, na universidade, todos nós queríamos manter as aparências, e o fato de ela trabalhar mostrava que ela tinha algo que nos faltava.

Mas como é que eu nunca pensei que ela e o Tomás tivessem algo a mais.

"Ela gosta do Tomás?"

Olhei para Carla, confusa.

Carla bateu na minha cabeça, "Só você que é ingênua, até a Márcia percebeu!"

"Todos no dormitório sabiam das intenções dela."

"Você acha que o Tomás parou de ir ao refeitório por quê? Porque ela não parava de persegui-lo!"

A voz de Carla estava trêmula e as palavras saíam como um canhão.

Beatriz se aproximou várias vezes para puxá-la, mas Carla acabou empurrando-a para longe.

Foi nesse momento que eu soube que, durante os quatro anos da universidade, Beatriz e Tomás tiveram tantas experiências juntos.

No primeiro ano, eles trabalharam juntos no refeitório, mas depois o Tomás parou de ir, e ela o seguiu.

Eu até tinha perguntado a ela, o trabalho no refeitório não atrapalhava os estudos, não tinha que pagar pela comida, por que parar?

Ela também me disse que a cafeteria lhe dava muito pouco dinheiro e que queria pagar seus empréstimos estudantis mais cedo.

Naquele momento, eu pensei que ela era realmente independente, quase sempre pagava pelo almoço dela todos os dias.

O rosto de Beatriz estava pálido, sem forças nas mãos.

Mas ela continuava tentando se aproximar de Carla.

"Para de falar, eu te peço, para com isso, não é verdade!"

"Como não é verdade?"