Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1003

Essas palavras deixaram Vitória sem reação:

— Nojo?

— Está surpresa? — Karina estava estupefata com a falta de vergonha de Vitória.

Mesmo sem o acidente do Túlio, a rivalidade de mais de dez anos entre elas, e os envolvimentos com Ademir...

Vitória já havia esquecido tudo isso?

Karina sorriu de forma sarcástica:

— Pois é, se você não fosse tão sem-vergonha, como teria chegado até aqui?

— Você... — Vitória ficou sem palavras, com o rosto tenso.

Vitória estava furiosa, mas, no fundo, sabia que estava ali para pedir algo. A realidade a forçava a baixar a cabeça.

Ela apertou os dentes, reprimindo a raiva:

— Agora você tem tudo o que sempre quis, e ainda vai me cobrar por coisas do passado? Para você, eu sou apenas uma fracassada, uma perdedora! Você conquistou tudo, e eu, não tenho mais nada.

Karina conquistou tudo?

Ao pensar em Túlio, que ainda não havia acordado, Karina sentiu uma profunda frustração:

— O que você quer agora?

— Eu... — Vitória lambeu os lábios, aproveitando a oportunidade. — Vim pedir sua ajuda. Minha loja ainda está sendo investigada. Encontraram vários problemas, e se isso continuar, meu negócio vai fechar de vez!

— Será que... Será que você poderia pedir para Ademir me ajudar?

Com a influência de Ademir na Cidade J, seria fácil ajudá-la.

Karina estreitou os olhos. A loja dela tinha tantos problemas assim?

Ela não sabia.

Na época, Karina só queria chamar a atenção da polícia, para dar ao Guilherme tempo de investigar as pistas.

Mas, se não houvesse problemas, a loja de Vitória não deveria ser afetada.

Karina não conseguiu se controlar e riu:

— A sua loja tem problemas?

— Isso... — Vitória mordeu o lábio inferior, hesitando antes de falar. — Estou misturando mercadorias falsas com as verdadeiras.

— Não se apresse em me agradecer. — Karina olhou ao redor, verificando se estavam sozinhas. — Eu tenho uma condição.

— Que condição?

As duas caminharam um pouco para o lado.

Geralmente, as pessoas evitavam usar o corredor da escada, mas ali era mais discreto e conveniente para conversar.

Karina não se importou e disse o que estava em sua mente.

— A minha condição é bem simples: só te ajudo se você me contar por que, há três anos, você levou o seu carro para a revisão antes do tempo.

Vitória ficou paralisada, com uma expressão claramente alarmada:

— O que isso tem a ver com você? O carro é meu, eu levei para a revisão porque quis. Preciso de um motivo especial?

Karina, percebendo a reação de Vitória, apertou os olhos.

— Se não havia nenhum motivo especial, por que tanta pressa?

— Eu não estava com pressa...

— Quem era ele?