Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1010

— Não há mais nada?

— Não. — Karina respondeu. — Se não fosse por um acaso, nós não estaríamos juntos agora.

Ademir ainda insistia:

— Então, você já pensou que esse acaso que você mencionou pode ser a conexão que ainda não cortamos?

Karina ficou surpresa, mas logo negou:

— Não acho. Mesmo que seja destino, é um destino ruim.

Ademir sorriu amargamente, seus lábios se curvando.

Tudo bem, Karina pensava assim agora, mas o futuro poderia ser diferente. As pessoas estavam sempre mudando.

Enquanto Karina estivesse assim, ainda havia esperança.

— Falo sério. — Karina retomou o assunto. — A delegacia ainda precisa ser avisada. O que você pensa, não importa, mas, de fato, ela não me empurrou de propósito, mas ela me segurou.

Embora odiasse Vitória, a educação que Karina recebeu não lhe permitia negar os fatos.

Vitória precisaria receber a punição que merecia.

— Certo. — Desta vez, Ademir não insistiu.

Ele percebeu que Karina estava sendo séria.

Se era algo que Karina queria fazer, ele naturalmente faria o que ela pedisse.

— Eu pedirei ao Júlio para cuidar disso.

O desfecho dessa situação foi que Vitória não havia machucado Karina intencionalmente, mas, como a ferida foi causada por um acidente, ainda assim ela deveria ser responsabilizada por lesões leves.

Vitória foi punida com quinze dias de prisão na delegacia, além de uma multa financeira.

Naquela noite, Karina e sua mãe Joyce se mudaram oficialmente para o andar de cima.

...

Na manhã seguinte, Karina insistiu em descer para o café da manhã.

Ademir não queria:

— Vamos comer aqui no quarto, eu levo para você.

— Não precisa. — Karina estava ainda mais teimosa. — Eu sempre vou ter que descer, e também preciso trabalhar.

O quê?

— Não. — Ademir franziu a testa, visivelmente irritado. — Pelo menos enquanto eu estiver vendo, você não vai andar sozinha, nem um passo.

Ademir estava realmente bravo.

Karina fechou a boca, mas seu coração ficou pesado.

Algumas emoções a estavam sufocando.

Quando chegaram ao andar de baixo...

— Tio! — Joyce correu para os braços de Ademir com um sorriso radiante. — Eu adorei o meu quarto novo!

— Sério? — Ademir levantou a pequena bolinha fofa nos braços. — Que bom que você gostou, Joyce.

Era uma cena encantadora, com os dois, grandes e pequenos, sorrindo felizes.

Maia, que estava preparando a comida, não pôde deixar de comentar:

— A Joyce e o Sr. Ademir são muito parecidos.

Nicole, apressada, completou:

— É verdade, principalmente os olhos. São grandes e lindos. Se a Joyce cortasse o cabelo curtinho, seria uma versão em miniatura do Sr. Ademir.