— Eles podem pensar o que quiserem, tanto faz, não podemos controlar os pensamentos dos outros, não é? — Disse Otávio, tentando oferecer um pouco de consolo.
— Avô... — Ademir murmurou.
— Fique tranquilo. — Otávio assentiu com a cabeça e soltou um suspiro. — Eu estou velho, mas não perdi a lucidez. Desde o momento em que ele tomou a decisão de sair de casa, ele deixou de ser meu filho.
Para os outros, Otávio sempre dizia que seu filho havia morrido há mais de vinte anos.
— Depois da morte, não há retorno. — Otávio suspirou mais uma vez. — Mesmo que ele volte para a Cidade J, isso não terá mais nenhuma ligação com a nossa família Barbosa.
Otávio fez um gesto com a mão e disse:
— Tudo isso é culpa do Rui, ele quem trouxe essa confusão para você. Fique tranquilo, o avô sabe o que fazer. Já está tarde, você vai voltar para casa ou vai passar a noite aqui?
Inicialmente, Ademir havia planejado ficar.
— Vou passar a noite aqui. — Respondeu ele.
— Então vá, rápido, está tarde, descanse bem e não pense demais.
— Tudo bem. O senhor também descanse, avô.
— Sim.
Ademir se virou e foi para o seu quarto.
O grande quarto estava vazio, apenas ele, e a noite parecia estranhamente silenciosa, um silêncio que incomodava, uma calma opressiva.
De repente, Ademir se levantou.
Ele não queria ficar sozinho, naquela sala fria e desolada.
Queria voltar para a mansão Mission Hills, onde Karina estava.
Com isso em mente, ele imediatamente saiu do quarto e desceu as escadas, ansioso para voltar e estar ao lado de Karina.
Quando o carro deixou a Mansão dos Barbosa e estava no meio do caminho, alguém bloqueou o seu caminho.
Sem poder seguir em frente, Ademir teve que parar, se sentindo ligeiramente irritado.
A pessoa que o havia parado se aproximou e bateu na janela do carro:
— Ademir, Ademir.
Ademir olhou com mais atenção e reconheceu Stéphanie.
— Certo. — Ademir assentiu e não disse mais nada.
O carro seguiu em silêncio, e a atmosfera dentro do veículo ficou estranhamente calma.
Stéphanie, se sentindo um pouco desconfortável com o silêncio, tentou iniciar uma conversa. Se virou para olhar Ademir:
— Ademir, como estão você e a Karina? Estão bem?
— Estamos bem. — Ademir respondeu, com um aceno, mantendo uma expressão fria.
— Que bom. — Stéphanie sorriu com um toque de inveja. — Vocês dois passaram por tantas coisas, mas ainda conseguiram ficar juntos. Quem foi que disse que não existem sentimentos duradouros neste mundo?
Ao ouvir essas palavras, Ademir deu uma risada sarcástica.
— Não existem sentimentos duradouros? Isso é só uma desculpa de homens ruins! Homens ruins são apenas homens ruins.
Stéphanie ficou em silêncio, surpresa.
“O que aconteceu com ele? Por que essa reação tão inesperada?”
Ademir, por sua vez, apertou o volante com força, uma expressão sombria tomando conta de seu rosto enquanto sua mente voltava para sua mãe. A visão à sua frente de repente ficou embaçada. Era sangue!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...