— Karina! — Ademir estava muito preocupado. — Esse menino está te chamando? Quem é ele? Por que está te chamando de mãe?
— Como eu vou saber? — Karina também estava confusa.
— Mãe! — O garotinho ainda estava agarrado na perna dela.
— Agora não posso te explicar, vou desligar, tá?
— Karina!
Ignorando a irritação do homem, Karina rapidamente desligou o telefone e se agachou para acariciar a cabeça do garotinho.
Ao olhar melhor, o menino não parecia ser da região. Ele tinha aparência de estrangeiro, embora suas características não fossem tão marcantes.
— Querido, olhe bem, eu não sou sua mãe. Você não encontrou sua mãe? Ela está por aqui?
Se estivesse no Hospital J, seria fácil de resolver.
— Mãe!
Mas o menino não respondia a nenhuma das perguntas. Ele apenas segurava firme a perna de Karina.
— Mãe, não me abandona! O Kauê vai ser bonzinho de agora em diante.
Kauê? O nome dele era Kauê.
— Kauê. — Karina tentou explicar pacientemente. — Eu realmente não sou sua mãe, talvez seja porque eu pareça um pouco com ela? Olha bem, eu não sou sua mãe.
Kauê olhou fixamente para Karina por um longo tempo, balançou a cabeça e as lágrimas começaram a cair.
— Mãe!
Karina ficou sem palavras.
Que situação era essa?
— Kauê!
Alguém veio procurar o menino! Finalmente!
Karina levantou a cabeça, aliviada, mas ficou surpresa ao ver Levi correndo apressado em direção a eles.
"Ele é o pai dessa criança? Quem será?"
— Kauê! — Levi se aproximou correndo, se agachou e abraçou Kauê. — O papai te disse para não correr por aí. Você me assustou, sabia?
— Papai. — Kauê, com os olhos cheios de lágrimas, apontou para Karina. — A mamãe...
— Por que não consigo encontrar minha mãe? Ela não quer mais o Kauê?
— Não é isso! — Levi abraçou o filho com carinho, tentando acalmá-lo. — Sua mãe só está triste e foi dar uma volta, mas ela sempre pensa no Kauê. Ela vai voltar assim que o Kauê estiver bem.
Não sabia se Kauê acreditava ou não, mas ele apenas se deitou nos braços do pai, chorando.
— Kauê, meu bem. — Levi levantou o filho e, olhando para Karina, disse. — Você ainda não comeu, né? Que tal comer com a gente? Eu e o Kauê também estamos sem comer, podemos ir juntos.
Karina pensou em recusar, mas o olhar triste de Kauê a fez hesitar:
— Tia, come com a gente.
Era provável que fosse por ela se parecer com a mãe dele, mas Kauê já tinha criado uma sensação de confiança e dependência por Karina.
Depois de pensar um pouco, Karina concordou:
— Está bem, vamos lá.
Os três foram para um restaurante na Rua Alameda.
Levi pediu uma sopa para Kauê e molhou o pão para ele comer.
— Ele não está bem do estômago esses dias. Hoje fui ao hospital comprar uns remédios para ele. Por enquanto, ele só pode comer coisas mais suaves.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...