No dia seguinte, ao meio-dia, Karina marcou um almoço com Patrícia.
Patrícia estava tão furiosa que mal conseguia controlar suas expressões. O garfo em sua mão quase perfurava o prato enquanto ela falava:
— Isso é assustador demais! Se não tivesse acontecido com você, eu nem acreditaria que existe uma família tão horrível neste mundo!
Karina sorriu com indiferença. Já havia superado a fase mais intensa de sua raiva.
A vida precisava seguir.
— Ah, e outra coisa. — Karina disse a Patrícia. — Fique sabendo disso, mas não conte ao Simão.
Patrícia assentiu.
O Sr. Nogueira era conhecido por sua impulsividade e temperamento explosivo. Se soubesse das humilhações que Karina enfrentou, provavelmente sairia por aí brigando.
A questão da "garantia de mestrado" já não tinha solução, e não havia necessidade de envolver o Sr. Nogueira em mais confusões por sua causa.
...
Naquela noite, Karina voltou à Mansão da família Barbosa e trabalhou até tarde, antes de finalmente ir dormir.
Ela estava correndo contra o tempo para terminar uma tradução, embora o prazo final ainda estivesse longe. No entanto, o editor-chefe pediu para que ela fosse ao escritório no dia seguinte, e esse era o único dia que Karina tinha disponível.
Na manhã seguinte, Karina trabalhou cedo e terminou uma cirurgia antes do meio-dia. Às quatro da tarde, ela foi ao encontro do editor-chefe.
— Karina, se sente. — O editor-chefe sorriu enquanto lhe servia um copo de água. — Te chamei aqui para saber quantos trabalhos você consegue assumir, além de acertar o pagamento.
— Obrigada, editor-chefe.
Conversaram por cerca de uma hora. O editor-chefe estava visivelmente satisfeito com as habilidades de Karina e comentou:
— Vou te passar mais textos daqui para frente.
Karina ficou contente e respondeu:
— Muito obrigada, editor-chefe.
— Não há de quê. — O editor-chefe sorriu. — Embora você tenha sido indicada por outra pessoa, confesso que no início fiquei com receio quanto à sua capacidade. Mas você provou que, mesmo sendo uma recomendação, tem muito talento.
Karina, surpresa, ficou parada por um momento e perguntou:
— Alguém me indicou?
— Sim. — O editor-chefe também parecia surpreso. — Você não sabia? Será que falei demais? Talvez a pessoa que te indicou não quisesse que você soubesse...
De repente, Karina teve uma premonição desconfortável.
— Posso perguntar... — Karina engoliu em seco, tensa. — Quem foi que me indicou?
Às cinco da tarde, Túlio recebeu uma ligação de Karina.
— Túlio, você está ocupado?
— Não, de jeito nenhum. — Túlio fechou a pasta que estava examinando e sinalizou para que a secretária que estava à espera saísse da sala. — Karina, aconteceu alguma coisa?
— Estou aqui em frente à sua empresa. Tem tempo para tomarmos algo juntos?
— Claro! — Túlio respondeu animado. — Você está aqui embaixo? Não saia daí, já estou descendo!
— Tudo bem.
Pouco depois, Túlio chegou correndo, visivelmente ofegante.
— Karina! — Ele disse, tentando recuperar o fôlego. — Aqui perto tem uma confeitaria com sobremesas ótimas.
— Vamos lá, então.
— Combinado.
Os dois começaram a caminhar juntos.
Atrás deles, uma mulher de meia-idade, vestida com roupas sofisticadas, parou de repente e tirou os óculos escuros.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...