Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1135

— Você ainda está com raiva de mim? — Ademir buscava uma justificativa para Karina e para si mesmo. — Três anos atrás, eu errei, eu admito. Mas, Karina, mesmo que eu tenha cometido erros, meus sentimentos por você são verdadeiros! Você realmente não pode me perdoar?

— Não, não é isso... — Karina chorava e balançava a cabeça. — Eu admito, já fiquei chateada com você, já te odiei. Mas agora, não mais.

— Então por quê? — O coração de Ademir doía, como se fosse explodir!

— Você sabe... — Karina disse chorando. — Túlio acordou.

Finalmente, ele havia acordado.

Ademir não estava surpreso, mas perguntou ironicamente:

— É mesmo? Ele acordou, e daí?

E daí?

Karina ficou muito surpresa, será que ele não sabia?

Ademir estava muito irritado e triste.

— Porque ele acordou, você vai me abandonar e voltar para ele?

Karina mordeu os lábios, incapaz de falar, apenas acenou com a cabeça.

— É mesmo? — Ademir disse com um sorriso frio. — Ele acordou, então eu vou ser abandonado, o que eu sou? Karina, me diga, o que eu sou para você?

— Ademir... — Karina não sabia como responder.

— Um substituto? — Ademir falou por ela. — É isso? No seu coração, eu só sirvo como um substituto!

Ele não queria admitir, mas pensando nos últimos dias, parecia que era isso mesmo.

— Me diga a verdade, você tem sido gentil comigo ultimamente porque eu te salvei?

Karina ficou muito surpresa, boquiaberta, sem saber o que dizer.

Ela não precisava responder, sua expressão já dizia tudo!

Ademir sorriu com sarcasmo.

— É realmente isso. — Ele levantou a cabeça e suspirou profundamente. — Eu realmente tive que usar minha vida para ganhar a simpatia de uma mulher! Karina! Eu não quero simpatia, quero seu amor! Você acha divertido me enganar assim?

Karina ficou paralisada, com o coração cada vez mais apertado.

Ela percebeu tarde demais que tinha ao seu lado um homem tão bom.

Karina tocou o peito, sentindo uma dor insuportável...

— Ademir, Ademir... — Ela repetia seu nome, sem conseguir dizer mais nada.

— Está tudo bem? Está tudo bem? — Ademir continuava a implorar, perguntando sem parar.

Mas Karina só conseguia responder com desculpas:

— Desculpa.

Ademir já estava irritado:

— Que desculpas? Não entendo o que você quer dizer, você não pode dizer algo que eu entenda? Diga que você não vai embora! Pode ser?

— Não... — Karina começou a falar, cada palavra como uma faca se cravando no coração de Ademir e também no dela.