Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1216

A mansão tinha uma temperatura fixa, e os dois dormindo abraçados acabaram ficando um pouco quentes demais.

— Patrícia. — Filipe murmurou suavemente o nome dela, tentando confirmar se ela já tinha adormecido.

Sem saber o que ele pretendia, Patrícia não respondeu.

— Patrícia.

Ele voltou a chamar, e então um beijo quente e suave pousou na pele delicada de seu pescoço. Patrícia abriu os olhos imediatamente.

Ele foi aumentando a intensidade pouco a pouco.

Por fim, Patrícia falou, sem conseguir esconder a frustração:

— Você não vai dormir?

O homem não parou.

— Me deixa te beijar só um pouco, senão eu não consigo dormir.

— Assim você vai dormir menos ainda. — Disse Patrícia, fria.

— É... — Filipe finalmente parou, encostando o rosto na curva do pescoço dela. — Patrícia, se recupera logo, por favor.

Pensou um pouco e completou:

— Não, não precisa ser rápido. Eu não tenho pressa, temos a vida inteira pela frente. O mais importante é você cuidar da sua saúde.

— Tá bom. — Patrícia fechou os olhos. — Agora me solta, eu quero dormir direito.

— Vamos dormir assim mesmo. Casais dormem abraçados.

— Nós não somos um casal.

— Mas logo vamos ser. — Filipe não a soltou, mantendo os braços firmes em volta da cintura fina dela. — Você está machucada, então por enquanto não dá para voltar para a sua casa. Que tal a gente já contratar uma equipe de casamento?

Patrícia ficou atônita. Ele já estava pensando nisso?

Estava louco? Com a situação em que estavam agora, ainda dava para falar em casamento? E cerimônia? Para quem? Só para ele?

Ele queria se casar, mas Patrícia... Patrícia não queria.

Ela já era motivo de piada... E agora ainda iria expor esse vexame diante das pessoas da Cidade J, para que todos rissem dela juntos?

— Ah, mais uma coisa. — Filipe pareceu se lembrar de algo e continuou. — Você ainda precisa ir na minha casa. Lá tem muita gente. Quando você estiver melhor, podemos ir com calma. Do meu lado, não precisa se preocupar, eu já falei com o Sandro sobre você. Ele está ansioso para te conhecer.

Patrícia não queria ouvir mais nada.

Se virou de lado e cobriu a boca dele com a mão.

Ademir estacionou o carro, saiu do lado do motorista e contornou o veículo para abrir a porta do passageiro para Stéphanie.

— Obrigada. — Disse Stéphanie, com um sorriso.

— Que isso. — Ademir retribuiu com um leve sorriso. — Você veio visitar meu avô. Quem deveria agradecer sou eu.

— Ele é mais velho do que eu, é natural que eu venha vê-lo.

Os dois caminhavam lado a lado, conversando:

— Tem uma loja aqui perto com um pastel de nata delicioso. Você já experimentou?

— É mesmo? — Ademir não respondeu diretamente, fingindo surpresa.

Mas ele sabia.

Como não saberia?

Karina adorava o pastel de nata daquela loja. E, na verdade, ela só gostava do recheio, a casquinha sempre sobrava para ele comer.

Ao lembrar disso, Ademir não conseguiu conter um sorriso.

— Ademir?