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Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1219

Ademir estava um pouco nervoso, mas logo a soltou.

Os rostos dos dois estavam levemente corados, aquecidos... Mas, como era noite, isso não se percebia.

— A culpa é sua. — Resmungou Ademir, em voz baixa, mas seu tom não trazia reprovação, e sim uma ternura ferida. — Se queimou à tarde, e só agora resolveu comprar remédio?

Ela saiu tão tarde de casa, nem precisava perguntar para saber o motivo.

Era óbvio: se até aquela hora ainda se incomodava com a queimadura, era porque o ferimento era sério.

Havia lágrimas nos olhos de Karina, que murmurou com um toque de mágoa:

— Estive ocupada o tempo todo... Acabei esquecendo.

— Deixa eu ver. — Ao notar o brilho úmido em seus olhos, Ademir perdeu a paciência que tentava manter. Segurou delicadamente o queixo dela. — Abre a boca.

Karina assentiu com a cabeça.

Então era por isso que ele queria que ela abrisse a boca.

Será que ele percebeu que ela tinha se queimado à tarde?

Não só percebeu... Como ainda se lembrava?

Ademir pegou o celular e ligou a lanterna. Em seguida, estendeu os dedos e os levou até a boca dela.

— É aqui?

Karina não conseguiu responder, mas sua expressão dizia tudo.

Ademir retirou os dedos, pegou um pequeno frasco de spray do bolso e rasgou a embalagem.

Disse a ela:

— Vai ficar um pouco amargo... Aguenta firme.

— O que é? — Karina ainda tinha medo de qualquer coisa amarga.

— Um spray.

Karina fechou a boca com força.

— Abre a boca. — Ademir ameaçou. — Se não abrir, eu te beijo.

Assustada, Karina ficou ainda mais relutante em abrir a boca.

Ademir riu e comentou, em tom brincalhão:

— Então quer dizer que está querendo um beijo meu?

Claro que não!

Karina, apressada, escancarou a boca.

Aproximou o rosto do dele.

Tão fácil de enganar...

Naquele momento, era como se os dois soubessem que precisavam se afastar. Mas, por algum motivo, ele parecia ter se esquecido disso. Suas mãos permaneciam ali, firmes, como se não quisessem deixá-la ir.

— Ademir... — Karina, com o coração apertado e um olhar repleto de ternura e impotência, ergueu a mão e segurou a dele. Não queria feri-lo, mas não podia continuar calada. — Isso que a gente está fazendo... Não está certo.

Eles já haviam se separado.

Ela tinha o Túlio. E ele... Agora estava com Stéphanie.

Mas era errado?

Ademir sabia de tudo aquilo, sabia desde o começo, mas ainda assim... Não conseguiu se conter. Com lentidão, suas mãos se soltaram.

Com tristeza na voz, disse:

— Me desculpa.

Karina ficou imóvel, surpresa.

Ademir sorriu suavemente, segurou a mão dela e colocou o frasco de remédio em sua palma, instruindo com cuidado:

— Três vezes ao dia. Depois de usar, nada de comer ou beber por pelo menos meia hora. Entendeu?

Então, a encarou com um olhar profundo, cheio de emoção.

— Estou indo.

Karina o acompanhou apenas com os olhos, sem conseguir dizer uma só palavra.

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