Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1233

Depois de passar dois dias internada no hospital, Patrícia finalmente teve alta.

Durante esse tempo, Filipe permaneceu ao lado dela o tempo todo, sem sair para lugar nenhum. Durante o dia, enquanto Patrícia fazia os tratamentos, ele levava Heitor para resolver os assuntos do trabalho.

À noite, recusava qualquer ajuda de enfermeiras particulares e fazia questão de acompanhá-la pessoalmente.

Apesar de ter um físico excelente, o ambiente hospitalar era barulhento e impessoal, com visitas e exames frequentes, o que reduzia bastante o tempo de descanso.

Mesmo tendo sido apenas dois dias, Filipe não conseguiu repousar direito e estava visivelmente exausto.

Assim que voltaram para a Vila Golden Court, ele colocou Patrícia com cuidado sobre a cama.

— Pronto. — Passou a mão com carinho pelos cabelos dela. — Nada como estar em casa... Tudo é mais prático, e você também consegue descansar melhor.

Patrícia o encarou:

— Quem vai conseguir descansar é você.

Filipe ficou surpreso por um instante, depois sorriu e assentiu:

— Também não deixa de ser verdade.

— Como assim? — Ela manteve o olhar firme. — Nesses dois dias, te incomodei tanto assim?

Filipe suspirou, resignado:

— Quando foi que eu disse que você me incomodou? Ou fiz algo que te fez pensar isso? Eu gosto de cuidar de você.

Patrícia semicerrava os olhos, e sua voz saiu direta, sem rodeios:

— Sr. Pinto, não parece que o senhor gosta de ser incomodado o tempo inteiro.

— O quê? — Filipe franziu o cenho, sem entender. — O que você quis dizer com isso?

Patrícia não se explicou.

— Eu disse que o Sr. Pinto sabe cuidar das pessoas.

— É mesmo? — Filipe, acreditando que era um elogio genuíno, arqueou a sobrancelha, satisfeito. — Que bom que gostou.

Então, ele disse:

— Preciso ir para a empresa agora, não vou conseguir almoçar com você. Mas volto cedo para o jantar.

Durante os dias de internação de Patrícia, ele mal tinha ido à empresa. Havia muitos assuntos pendentes à sua espera.

Patrícia não fez questão de disfarçar: preferia que ele não voltasse.

— Te acordei?

Ao reconhecer a voz masculina, Patrícia se irritou:

— O que foi agora? Eu estava dormindo. Você não está ocupado?

— Muito. — Respondeu Filipe. — Mas já é hora do almoço. Você precisa se levantar e comer alguma coisa.

Ao ouvir isso, Patrícia olhou as horas e viu que, de fato, era meio-dia.

— Já entendi. Eu não sou uma criança. Se sentisse fome, me levantaria sozinha para comer. Vai trabalhar, vai.

E, sem dar chance para mais nada, desligou o telefone na cara dele.

Do outro lado da linha, Filipe permaneceu com o celular na mão, completamente sem reação.

“Eu só me preocupo com ela... E ainda estou errado? A Dra. Patrícia tem mesmo um gênio difícil.”

Enquanto isso, Patrícia largou o celular e voltou a se encolher na cama.

A porta do quarto foi batida suavemente, e Keila surgiu à soleira:

— Dra. Patrícia, a senhora já acordou? O Sr. Pinto pediu que eu a chamasse. Ele disse que a senhora não pode ficar sem comer.