— Joyce.
Karina se assustou. Tinha medo de que Túlio, já sem forças, acabasse se machucando ou machucando Joyce sem querer. Mas também temia que Joyce o ferisse, mesmo sem intenção.
No entanto, Túlio já havia amparado Joyce nos braços e a segurava com firmeza.
Era possível perceber que, ao se levantar, ele cambaleou um pouco.
— Túlio. — Karina estendeu a mão, querendo ajudá-lo a se firmar.
— Está tudo bem. — Mas Túlio recusou gentilmente.
Ele sorriu com doçura, balançou a cabeça para tranquilizá-la e ajustou o peso do corpo, conseguindo se manter firme em pé.
Karina soltou um suspiro de alívio e lhe lançou um olhar encorajador.
Enquanto isso, a pequena Joyce se aninhava no ombro de Túlio, alheia aos gestos silenciosos entre a mãe e o Túlio.
Karina olhou para a filha e disse:
— Joyce, o que foi? Não quer se separar do Túlio?
Pelo jeito, a primeira impressão que teve de Túlio foi excelente.
— Túlio. — Joyce levantou o rostinho redondo e abraçou o pescoço dele com os bracinhos rechonchudos. — Eu esqueci de te desejar boa noite.
Teria saído correndo só para dizer isso?
Túlio não conseguia compreender muito bem a lógica das crianças, mas aquilo aqueceu o coração dele.
— Foi culpa minha. Eu também esqueci de dizer. Joyce, boa noite.
— Tá bom. — Joyce assentiu com um sorriso satisfeito.
Karina estendeu os braços, querendo pegá-la de volta.
Mas Joyce virou a cabecinha, se aconchegando ainda mais em Túlio, sem demonstrar vontade de descer.
Era realmente estranho. Joyce raramente demonstrava tanta proximidade e confiança com alguém que acabava de conhecer.
Karina ficou surpresa:
— Joyce, você gostou muito do Túlio?
— Sim. — Joyce confirmou com a cabeça.
Karina e Túlio se entreolharam e sorriram.
Diziam que crianças eram diferentes dos adultos. Seus corações eram puros e sensíveis. Elas enxergavam o que os adultos não viam e sentiam o que os adultos não percebiam.
Talvez, o carinho repentino de Joyce por Túlio tivesse uma explicação: teria sido porque, no passado, foi ele quem a salvou quando ela ainda estava na barriga da mãe?
Provavelmente era isso.
— De verdade?
— De verdade. — Túlio bagunçou carinhosamente os cabelos dela. — Eu não minto. Agora, Joyce, seja boazinha, feche os olhos, está na hora de dormir.
— Tá bom.
Com a promessa feita, Joyce fechou os olhos e adormeceu com um sorriso doce nos lábios.
...
Nos últimos dois dias, Heloísa foi buscar Kauê na escola, mas não viu Karina nenhuma vez. Quem sempre vinha buscar Joyce era Nicole.
— Oi. — Heloísa não conseguiu se conter e tomou a iniciativa de cumprimentar Nicole. — Sou amiga da Dra. Costa. Notei que ela não tem vindo buscar a filha esses dias.
Do outro lado, Joyce já havia corrido até onde Kauê estava para brincar com o novo brinquedo que ele trouxe.
Joyce ainda fez questão de avisar Nicole com seriedade:
— Nicole, elas são amigas de verdade.
Só então Nicole se tranquilizou e suspirou:
— A Dra. Costa não tem se sentido muito bem nesses dias. Ela ainda não conseguiu pedir folga, então estou tentando ajudar com o que posso.
Embora as tarefas tivessem se acumulado, Nicole não se importava. Karina era uma pessoa adorável, e ela realmente se sentia feliz em poder ajudar.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...