— Não é nada. — Ademir tranquilizou Wanessa com a voz calma. — Eu resolvo isso. Já está tarde, Wanessa, vá descansar.
— Isso não dá.
Wanessa realmente estava cansada, com sono, mas Ademir agora não tinha nenhum parente por perto, enquanto do outro lado havia três pessoas.
— Está tudo bem mesmo. — Ademir apontou para Júlio. — O Júlio está aqui, nós dois não damos conta daquela família?
— Tem razão. — Ao ver que Júlio estava ali, Wanessa finalmente se tranquilizou. — Qualquer coisa, me chame na hora.
Ela não resistiu e segurou a mão de Ademir, dando um conselho carinhoso:
— Seu avô não está mais aqui, e fui eu que cuidei de você quando era pequeno. No fim das contas, sou quase uma mãe.
O coração de Ademir se aqueceu. Ele sorriu e assentiu com ternura:
— Eu sei, Wanessa. Pode ir descansar, por favor.
Eles conversaram por um bom tempo ali, o que deixou Mônica claramente impaciente do outro lado.
Mônica comentou, irritada:
— Ficar tanto tempo conversando com uma empregada... Tem mesmo o que dizer?
Arthur respondeu em voz baixa:
— Deixe disso. A Wanessa trabalhou a vida inteira na família Barbosa, também é parte da família. É praticamente uma figura de respeito para o Ademir.
Ao dizer isso, apontou para Daniel.
— Quando você era pequeno, também foi a Wanessa quem cuidou de você. Ainda se lembra disso?
Daniel sorriu e assentiu:
— Claro que lembro.
Quando saiu da família Barbosa, ele já era um adolescente. Aquelas memórias estavam gravadas fundo na mente dele, no coração, e jamais haviam sido apagadas.
Para ele, tudo que vinha da família Barbosa era algo familiar, algo que despertava saudade.
Ademir se aproximou com Júlio.
Ele se jogou no sofá e disse:
— Júlio, sente aí também.
— Tá bom.
Estava muito tarde, e todos tinham tido um dia exaustivo.
Ademir não tinha disposição para perder tempo com rodeios:
— Digam logo o que vieram falar.
— Ademir. — Antes que Mônica perdesse o controle, Arthur a conteve com um gesto, visivelmente irritado. — Se você não quer nos aceitar, tudo bem. Mas eu sou filho da família Barbosa, e o Daniel é neto da família Barbosa. Isso é um fato.
Ademir permaneceu em silêncio, esperando que ele continuasse.
Arthur hesitou, frustrado, mas sob o olhar firme de Ademir, acabou dizendo:
— Nós temos esse direito...
Ademir soltou uma risada carregada de sarcasmo e lançou o olhar para Daniel, do outro lado:
— É isso o que você queria dizer quando falou em “voltar para a família Barbosa”?
Daniel manteve o mesmo sorriso calmo:
— Eu sou da família Barbosa, filho dos meus pais, seu irmão. Estou errado?
Ademir estava exausto. Passou a mão pela testa, tentando aliviar a pressão na cabeça.
— Júlio, chame o Enzo.
— Sim, Ademir.
— Ademir. — Daniel ainda mantinha o mesmo sorriso leve, repetindo as palavras de antes com aquela familiaridade calculada. — É melhor você me ouvir.
Mas, no segundo seguinte...

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...