A enfermeira explicou:
— Eu não sabia que você estava aqui, ia justamente te ligar.
— Sendo assim, vamos entrar juntos.
Karina assentiu com a cabeça:
— Está bem, obrigada.
No entanto, ao cruzar a porta, hesitou por um instante, lançando um olhar na direção de Stéphanie, até ser apressada por Ademir:
— Karina?
— Já vou. — Karina desviou o olhar e o seguiu logo atrás.
Diferente do que Ademir havia imaginado, Otávio estava deitado na cama, mas parecia surpreendentemente bem.
Uma frase lhe passou pela cabeça: “As pessoas costumam parecer melhor pouco antes de morrer.”
— A Joyce chegou. — Os olhos de Otávio brilharam com um sorriso gentil enquanto estendia a mão para Joyce.
— Bisavô. — Ademir colocou Joyce sentada na beirada da cama, e a garotinha segurou a mão de Otávio.
— Joyce, seja boazinha.
— Bisavô, por que você está deitado esse tempo todo?
— Adivinha. — Otávio sorriu com ternura, o olhar calmo e sereno. — Porque o bisavô está muito cansado.
Assim que ouviu aquilo, Joyce se mostrou compreensiva:
— Então o bisavô fica deitadinho, e a Joyce deita com o bisavô também.
Seu corpinho se aconchegou, se deitando no peito de Otávio.
— Você é mesmo um anjinho.
Com Joyce aninhada em seus braços, Otávio olhou para Ademir e depois para Karina.
— No fim das contas, vocês dois e a Joyce estão aqui. Já posso partir sem arrependimentos.
As lágrimas de Karina escorreram sem aviso.
— Vovô?
— Boa menina. — Otávio balançou levemente a cabeça e suspirou. — Você é diferente do Ademir. Embora seus pais também tenham cometido erros... Os seus pais e o pai do Ademir não são do mesmo tipo.
Alguém como Arthur, por exemplo, foi egoísta a vida inteira. Só se importava com os próprios interesses, e diante de qualquer problema, sempre preferia colocar a culpa nos outros.
— Eu não sei exatamente o que aconteceu com seus pais. — Mas, então, Otávio desviou o rumo da conversa. — Pais que amam verdadeiramente seus filhos... Como poderiam ser pessoas ruins?
Se Levi não amasse profundamente a Karina, jamais teria aceitado ajudar apenas porque Otávio foi pedir pessoalmente.
— Vovô? — Karina ficou confusa.
“Ele está defendendo o Levi e a Heloísa?”
— Não me entenda mal. — Otávio sorriu. — Não estou defendendo ninguém. Só quero que você seja feliz. Não viva aprisionada em obrigações ou moralismos que você mesma criou.
O quê? Karina ficou surpresa.
— O avô sabe que você entende o que estou dizendo. — Otávio suspirou, com voz fraca. — É assim com os seus pais... E também com o Ademir.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...