Estavam quase chegando à mansão da família Barbosa, quando, ainda de longe, já dava para ver um grupo de pessoas reunido na entrada. O burburinho era alto e confuso.
— Quem são aquelas pessoas? — Levi diminuiu a velocidade do carro.
Karina olhou com atenção, mas não reconheceu ninguém. Nunca tinha visto Arthur e os outros antes.
Levi encostou o carro na beira da estrada, e Karina desceu. No meio da multidão, avistou Bruno.
— Bruno.
— Karina. — Bruno se apressou até ela e a protegeu com o corpo enquanto a guiava para dentro.
— Quem são eles? — Karina franziu as sobrancelhas, mantendo o olhar fixo em Arthur e seu grupo.
Bruno soltou um suspiro, sem saber exatamente como explicar.
— Eles são da família do Ademir... Mas, ao mesmo tempo, não são.
O quê? Karina não entendeu de imediato, mas a insinuação nas palavras dele não trazia boas notícias.
— Karina, é melhor você entrar agora.
Do lado de fora, Arthur ainda gritava:
— Vocês não têm o direito de falar comigo! Quero que o Ademir venha aqui! Preciso perguntar a ele se eu posso acompanhar meu pai pela última vez!
Karina ouviu essas palavras e ficou paralisada por um instante.
Ele estava se referindo a Otávio? Então qual era a relação entre ele e Ademir?
Instintivamente, se virou para procurar o dono daquela voz, mas não encontrou Arthur. Em vez disso, viu um jovem em uma cadeira de rodas, usando boné e máscara.
Não sabia se era coincidência, mas o rapaz também a observava.
Quando os olhares se cruzaram, os olhos do jovem se curvaram ligeiramente, como se estivesse sorrindo para ela.
O coração de Karina deu um pulo. Rapidamente, desviou o olhar.
Se virou de costas, mas os batimentos acelerados não diminuíram. Onde será que ela já tinha visto aquele rapaz?
Enquanto isso, Levi observava em silêncio a filha se afastar aos poucos, e lançou um olhar firme à família de Arthur.
“Preciso encontrar um jeito de tirar essa gente daqui. Não posso deixar que perturbem a Karina.”
...
Lá dentro, Karina lavou as mãos e foi imediatamente procurar Wanessa para tratar de alguns assuntos.
Enquanto isso, Ademir questionava sobre a situação do lado de fora:
— Eles já foram embora?
Naquela mesma noite, Nicole buscou Joyce e também foi para a mansão da família Barbosa. Já haviam avisado a escola, então, nos próximos dias, Joyce ficaria em casa.
Wanessa trouxe um pedaço de tecido vermelho e o amarrou na cabeça de Joyce. A menina ainda não compreendia bem o que era a morte, só sabia que adorava aquele paninho vermelho.
Correu toda animada para mostrar ao pai:
— Papai, olha! Parece a chapeuzinho vermelho!
Ademir sentiu o nariz arder e a emoção apertar no peito. Pegou a menina nos braços:
— Joyce, você gostou mesmo?
— Gostei! — Joyce respondeu com a inocência de sempre. — A Wanessa disse que tem que usar esse lenço para se despedir do bisavô. Você acha que ele vai gostar?
— Claro que vai. — Ademir acariciou o pequeno chapéu vermelho na cabeça da filha. — O bisavô ia amar qualquer coisa em você.
Ele apenas lamentava o fato de que, até o fim da vida, seu avô nunca soube que Joyce, na verdade, não carregava o sangue da família Barbosa.
Todos os preparativos para o funeral já estavam prontos. O corpo do Sr. Otávio havia sido levado à Ponte do Deus do Vinho. O velório seria no dia seguinte.
Naquela noite, Enzo comentou com Bruno:
— A família do Ademir... Deixou a Cidade J.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...