No meio da multidão, alguém começou a rir.
— Dê uma ajudinha, faça uma boa ação, deixe ela entrar, vai? Ela parece tão aflita.
— Pois é, tenha dó...
O segurança, impaciente, respondeu:
— Eu não me meto nos assuntos de família dos moradores. Só estou aqui pela segurança deles.
Ele então fez um gesto com a mão:
— Andem logo, saiam daqui.
Patrícia esticava o pescoço, curiosa para ver o que estava acontecendo.
Mas, ao olhar para o homem ao seu lado, percebeu que sua expressão havia mudado.
— O que foi?
Ela nem quis esperar que Filipe respondesse. Porque, ao enxergar claramente a mulher que causava a confusão, teve a certeza de que Filipe, só de ouvir a voz, já sabia quem era.
Zara, sem alternativas, se virou para ir embora.
Mas ao levantar o rosto, viu Filipe e Patrícia.
— Filipe...
Filipe franziu levemente as sobrancelhas e olhou para Patrícia.
— Patrícia, pode deixar a Zara entrar e se sentar um pouco? Tudo bem?
Patrícia ficou em silêncio.
Ela poderia dizer que não?
Ele havia pedido com tanta educação, e Zara estava com aquele ar tão sofrido...
— Está bem.
— Obrigado. — Filipe segurou a mão dela. — Zara, entre e descanse um pouco. Se for para falar alguma coisa, é melhor lá dentro.
— Obrigada. — Zara sorriu, agradecida, e lançou mais um olhar a Patrícia. — Obrigada mesmo.
— Não foi nada.
Mas no coração de Patrícia, aquele agradecimento era algo que ela não queria aceitar.
Dessa vez, o segurança não a impediu mais.
Atrás deles, as vozes começaram de novo, num burburinho.
— O que está acontecendo?
— Aquele é o marido dela? Então aquela outra mulher... Aquela é a amante dele?
— A amante parecia até com a esposa. Por que será que ele foi escolher uma tão parecida?
Patrícia ouviu tudo e sentiu uma tristeza profunda.
— Patrícia. — Filipe ergueu a mão e cobriu os ouvidos dela. — Não escute essas bobagens que eles estão dizendo.
— Eu... — Assim que começou a falar, a vontade de chorar apertou em sua garganta. — É mesmo humilhante. Você sempre me vê nos meus piores momentos.
Zara abaixou a cabeça, tomada pela vergonha.
— Não fale assim. — Filipe puxou um lenço de papel e estendeu para ela. — Tem algo que eu possa fazer por você?
— Eu... — Zara pegou o lenço, ergueu os olhos avermelhados e, após hesitar, resolveu abandonar qualquer resquício de vaidade. — O Samuel... Ele está aqui. Com outra mulher.
Ao dizer isso, seu corpo começou a tremer.
— Eu não sei exatamente em qual mansão ele está, mas... Ele está aqui, eu sinto.
— Zara, se acalme.
— Como você quer que eu me acalme? — Zara já não conseguia mais controlar a emoção. — Você sabe muito bem. Ele e aquela mulher...
Filipe realmente sabia.
Na verdade, foi ele quem ajudou Zara a contratar alguém para investigar a situação.
Mas os assuntos do casal não eram algo em que Filipe pudesse ou quisesse se meter demais. Por isso, se limitou a perguntar:
— E o que você pretende fazer?
— Eu preciso encontrar ele. Levar ele de volta para casa.
Filipe não entendeu:
— Você ainda quer continuar com ele?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...