Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1429

Ademir olhou para a mulher em seus braços. Na verdade, como ele mesmo não estaria com medo? A situação estava acontecendo com Karina, mas o medo dele não era menor.

Tudo o que podia fazer era rezar silenciosamente a Deus, pedindo que não fosse tão cruel...

Quando o céu começou a clarear, Ademir percebeu que a febre de Karina havia diminuído um pouco. Sua respiração estava mais leve, e ela acabou adormecendo. Ele relaxou e, a segurando nos braços, também dormiu um pouco.

Ao acordar, abriu os olhos e viu Karina deitada de lado, olhando para ele.

Ademir sorriu:

— Acordou? Dormiu bem?

— Sim. — Karina assentiu com a cabeça. — De qualquer forma, fico só deitada, às vezes acordada, às vezes dormindo.

— Agora parece que está com mais disposição. — Ele levantou a mão para tocar sua testa e deslizou os dedos pelo cabelo dela. — O cabelo está molhado. Quer lavar?

— Quero.

Ademir se levantou e a ajudou a ir até o banheiro.

Karina se deitou confortavelmente, enquanto Ademir testava a temperatura da água e molhava o cabelo dela:

— A temperatura está boa?

— Pode ficar um pouco mais quente. Eu gosto mais quente.

— Certo.

Não era a primeira vez que ele lavava o cabelo dela. Apesar de terem ficado separados por um tempo, ele não parecia estar fora de prática, realizando tudo com a habilidade de quem fazia isso todos os dias.

O cabelo de Karina era curto, então lavar era fácil.

Ele aplicou o xampu, esfregou até formar espuma e massageou cuidadosamente o couro cabeludo dela. Karina fechou os olhos, relaxada.

De repente, ele comentou:

— Seu cabelo cresceu.

— É, cresceu.

O cabelo dela estava um pouco mais comprido, e a parte mais longa já chegava até o pescoço, um comprimento ligeiramente estranho.

Ademir perguntou:

— Quer cortar?

— Não... — Karina balançou a cabeça. — Não vou cortar.

Ao ouvir essa resposta, ele parou por um instante.

Ela continuou:

— Quero deixar crescer. Ainda prefiro cabelo comprido.

— Tudo bem. — Ademir voltou a sorrir. — O que você gostar, está ótimo. Comprido ou curto, fica bonita de qualquer jeito.

Ademir olhou para ela e sorriu:

— Vá preparar os ingredientes: amendoins, maçãs e mais algumas frutas. Eu mesmo vou fazer.

— Certo.

A cuidadora imediatamente relaxou e saiu para providenciar.

Ademir cutucou o nariz de Karina:

— Você a assustou.

— E você? — Karina levantou a cabeça para olhar para ele.

— Eu? Claro que não. — Ademir sorriu, se levantando e arregaçando as mangas. — Vou trocar de roupa e depois preparar tudo para você.

— Está bem.

Ademir se virou e foi para o quarto ao lado.

Na noite anterior, ele havia usado o jaleco de um profissional de saúde. Agora, ao tirar, percebeu que estava completamente suado e as ataduras sobre o ferimento também estavam úmidas. A enfermeira já o aguardava, pronta para remover as ataduras, trocar o curativo e fazer um novo enfaixe.

Enquanto trabalhava, ela o advertiu:

— Sr. Ademir, é importante trocar as ataduras regularmente. Caso contrário, o ferimento pode infeccionar novamente, e isso será ainda mais perigoso para o senhor.