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Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1473

No instante seguinte, Daniel levantou a mão e cobriu o rosto.

Um homem adulto e, ainda assim, começou a chorar.

— Malditos! Eles são todos malditos!

Ademir olhou para Daniel e se lembrou das palavras que ele havia dito, de seu desejo de voltar para a família Barbosa.

E daquela vez, quando Daniel foi ao túmulo da mãe para prestar homenagem...

Olhando para o rosto pálido de Daniel, uma dúvida que há muito o atormentava finalmente escapou de sua boca:

— O que aconteceu com o seu corpo?

— O quê? — Daniel afastou a mão do rosto. — Eu?

Com as lágrimas ainda marcando seu rosto, Daniel sorriu:

— Você percebeu? Estou morrendo. O Arthur e a Mônica fizeram coisas desumanas, e agora o castigo recaiu sobre mim.

Ademir desviou o olhar, se virou e começou a sair, visivelmente desconfortável.

Ele podia ir embora agora.

O advogado que Levi contratou já havia resolvido os documentos, e o motorista o esperava na porta.

Ao sair, porém, cruzou com alguém: era Arthur.

— Ademir!

Ademir lançou um olhar frio e desdenhoso ao homem idoso que corria em sua direção.

Sim, idoso. Embora não tivesse se passado muito tempo desde que se viram, Arthur havia envelhecido rapidamente.

Arthur parou diante de Ademir, mas parecia desconcertado, sem saber o que dizer:

— Então... Você está bem?

Ademir soltou um leve sorriso irônico:

— Se eu fosse você, não entraria para ver ele. Talvez, sem te ver, ele consiga resistir por mais alguns dias.

Sem dizer mais nada, Ademir se afastou.

Arthur ficou parado, atônito, e naquele instante parecia ter envelhecido mais dez anos.

...

— Por que ele ainda não voltou?

Na pequena casa, Heloísa estava com Karina, esperando. Desde cedo haviam recebido a notícia de que Ademir e os outros voltariam hoje.

Agora já era quase meio-dia.

Finalmente, uma fila de quatro carros parou em frente à casa.

— Hum. — Karina se apoiou em seu peito, envolvendo a cintura dele com os braços.

O silêncio se prolongou por um bom tempo...

— Ademir.

— O quê?

Karina franziu o nariz:

— Você não sente... Algum cheiro?

— Cheiro? — Ademir inspirou profundamente. — Parece que tem um cheiro mesmo.

Os dois levantaram a cabeça ao mesmo tempo. Que cheiro era aquele?

— Parece que... — Karina mordeu os lábios, segurando o riso. — É você.

Ademir ficou em silêncio.

Depois de passar dois dias e duas noites na delegacia, cercado por um grupo de homens, impregnado pelo cheiro de cigarro e sem se lavar, era óbvio que havia um cheiro.

Ademir pigarreou, desconcertado, e soltou Karina:

— Bom, vou tomar um banho.

— Está bem. — Karina, segurando o riso, acenou com a mão. — Vai logo.

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