Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1521

Stéphanie apontou para a marmita térmica sobre a mesa:

— Trouxe um pouco de sopa que fizemos em casa.

Nos últimos tempos, Ademir estava muito ocupado. Sem exagero, ele estava tão atarefado que mal tinha tempo de comer ou dormir. Sua rotina estava completamente desregulada, o que era péssimo para sua saúde.

Além disso, Ademir já tinha problemas de estômago. Ele havia emagrecido bastante, e suas bochechas estavam até um pouco fundas.

Stéphanie, sem poder ajudar de outra forma, fazia o possível para cuidar dele no dia a dia.

Esse gesto de Stéphanie era evidente para todos no Grupo Barbosa.

Claro, Ademir também sabia disso. E, por isso, se sentia um tanto desamparado.

Anteriormente, para evitar que Karina se preocupasse demais ou se sentisse culpada, Ademir havia pedido a Stéphanie que fingisse que os dois estavam interessados um no outro.

Por isso, ele lhe era grato.

Mas, desde que voltou de Toronto, Ademir conseguiu superar o último resquício de mágoa que sentia em relação a Karina.

Ademir ainda amava Karina. Nunca a esqueceu, nem conseguiu a deixar para trás. Mas, agora, ele não sentia mais aquela insatisfação no coração, nem alimentava esperanças de um desfecho diferente.

Por outro lado, com Stéphanie...

Ademir olhou para a marmita térmica, suspirou levemente e, ao encarar Stéphanie, se sentiu profundamente desamparado:

— Stéphanie, eu já te disse antes.

Ademir já havia deixado tudo muito claro.

Desde que voltou de Toronto, cada vez que se encontrava com Stéphanie, ele reforçava o mesmo ponto.

— Você sabe que eu não tenho intenção de me casar novamente.

Além disso, ele já tinha Joyce.

Enquanto Joyce estivesse por perto, Ademir não se sentia sozinho. Por sua filha, ele estava determinado a levar uma vida digna.

— Eu sei. — Stéphanie balançou a mão com impaciência. — Você já repetiu isso várias vezes, eu não sou surda.

— Então? — Ademir arqueou as sobrancelhas, um misto de resignação e incompreensão.

Era inegável que Stéphanie era uma mulher cheia de otimismo, confiança e energia.

— Só você pode me pedir favores, mas eu não posso pedir também? Sr. Ademir, me dê uma chance, me deixe fazer o que eu quero!

— Olhe para você, veja em que estado chegou!

Ela levantou a mão e tocou na testa de Ademir. Ao perceber o calor, ficou alarmada e preocupada. — Você está com febre, sabia disso?

Ademir ficou surpreso. Ele realmente não sabia. Se sentia desconfortável, mas não tinha percebido que estava com febre.

— Vamos ao hospital! Você vai comigo agora!

Enquanto falava, Stéphanie começou a o arrastar para fora.

— Irmão. — Júlio entrou carregando uma pilha de pastas. — O que está acontecendo?

Antes que Ademir pudesse explicar, Stéphanie apontou para os documentos nas mãos de Júlio e exclamou, um tanto exaltada.

— Vocês querem o matar de tanto trabalhar!

— Stéphanie. — Ademir balançou a cabeça, franzindo a testa. — Isso não tem nada a ver com Júlio. Ele também não tem tido uma vida fácil.

Era verdade.

Durante a ausência de Ademir, Júlio, como assistente especial, já havia feito mais do que o esperado para manter as coisas funcionando.