Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 154

O coração de Karina deu um salto, e ela perguntou, nervosa:

— O que aconteceu com o avô?

Do outro lado da linha, Rui contou sobre o colapso de Otávio.

— Rui, eu entendi.

Após desligar o telefone, Karina cobriu os olhos com as mãos, refletindo em silêncio.

Quando tirou as mãos, seu olhar estava mais claro.

Ela percebeu que certas coisas finalmente faziam sentido para ela.

Ademir não queria o divórcio por causa de Otávio.

Desde o início, o casamento deles sempre foi por causa de Otávio.

No momento crítico em que Otávio precisava passar por uma grande cirurgia, ela havia pedido o divórcio e saído da Mansão da família Barbosa.

Era natural que Otávio não conseguisse aceitar isso ao descobrir.

Karina fechou os olhos por um instante. Ela havia sido incrivelmente tola!

Como pôde cometer um erro tão grave?

O que fazer agora?

Claro, a única solução era satisfazer Ademir.

Somente se ele ficasse satisfeito, Simão poderia ser salvo.

Karina entendeu tudo de imediato. Pegou sua bolsa e saiu do dormitório, se dirigindo à Mansão da família Barbosa.

Quando chegou à entrada da mansão, começou a chover levemente.

Karina tocou a campainha.

Rui atendeu:

— Karina! Você voltou?

Karina sorriu:

— Sim, tio Rui.

Rui estava prestes a abrir a porta, mas foi impedido por Ademir, que descia as escadas.

— Não abra a porta.

— Sr. Ademir? — Rui não entendeu. — Mas por quê?

Ademir franziu as sobrancelhas e disse friamente:

— Não há porquê. Eu disse para que não abrisse a porta, então não abra.

Rui, sem escolha, obedeceu e não abriu a porta.

Do lado de fora, na entrada, Karina ouviu a conversa e sorriu amargamente, já imaginando que Ademir não iria perdoá-la tão facilmente.

Ela pegou o celular e ligou para Ademir.

Não, não podia.

Seu instinto lhe dizia que, se saísse agora, perderia qualquer chance que ainda tivesse.

Karina olhou para o céu, e a chuva ficava cada vez mais forte.

Ela havia saído apressada e esqueceu o guarda-chuva.

Não teve outra escolha a não ser ficar ali, sendo encharcada, na porta da mansão. Então, enviou uma mensagem para Ademir: [Eu sei que errei. Estou esperando por você na porta.]

Ademir leu a mensagem, deixou o celular de lado e caminhou até a janela. Puxou a cortina e olhou para a entrada.

Aquela figura esbelta fazia algo nele se agitar por dentro.

Mas o rancor ainda permanecia.

Ela não estava ali por ele, mas por causa do amigo dela!

A chuva, agora mais intensa, batia contra o vidro da janela, obscurecendo a visão.

Ademir ficou inquieto e desceu as escadas.

A tempestade era implacável.

Karina passou a mão pelo rosto, limpando a água da chuva.

Quando abriu os olhos, o portão de ferro estava se abrindo lentamente.

Uma figura alta e elegante, segurando um guarda-chuva, se aproximava dela, passo a passo.