Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1572

— O que está olhando? Ainda não foi embora? — Laura perdeu a paciência. — Se você não sair agora, vou chamar os seguranças!

— Tia, eu vou. — Filipe respondeu, desesperado. — Já estou indo.

Sob o olhar severo de Laura, Filipe não teve escolha a não ser se virar e caminhar lentamente para longe. Só quando ele chegou à esquina foi que ouviu o som do portão se fechando.

O barulho do portão foi alto, claramente feito de propósito para que Filipe ouvisse!

Com o rosto pálido, Filipe fechou os olhos por um momento.

O que ele podia fazer? Ele não conseguia se aproximar de Patrícia, nem mesmo para a ver ou levar as frutas que ela gostava. Tudo aquilo havia se tornado um luxo inalcançável!

Naquela noite, ao voltar para a família Pinto, Filipe foi chamado por Sofia.

Laura havia telefonado para ela.

— Filipe. — Sofia olhou para o filho com uma expressão complexa.

Sofia sabia que a culpa era de Filipe. Ela não o defendia e, ao saber que ele havia ido novamente à casa da família Santos, pediu desculpas a Laura repetidamente.

Esperando o filho voltar para casa, Sofia queria o fazer refletir para entender se ele tinha perdido o juízo.

Mas, ao olhar para o estado do filho naquele momento, o coração de Sofia, como mãe, não conseguia deixar de doer.

— Deixe isso para lá. — Sofia suspirou. — Não existe remédio para o arrependimento. O que você fizer agora não vai mudar nada.

Filipe estava sentado, ouvindo em silêncio, sem dizer uma palavra.

Sofia, com o coração apertado, continuou:

— Desde pequeno, tudo sempre foi tão fácil para você. Por que essa questão do casamento é tão complicada? Esqueça Patrícia. A vida é longa. Olhe para frente. Não fique preso ao passado. Ou você quer repetir os mesmos erros de antes?

Filipe permaneceu em silêncio.

— Filipe? — Sofia perguntou, preocupada. — Estou falando com você. Você está me ouvindo?

Filipe voltou a si e assentiu:

— Sim, estou ouvindo, mãe. Eu entendi. Vou viver bem.

Filipe não aguentava mais. Não era a monotonia da vida lá fora que o sufocava, mas sim a saudade incontrolável de Patrícia!

A saudade crescia como ervas daninhas, de forma voraz!

Naquele dia, ao sair da empresa, Filipe não resistiu e foi novamente até a casa da família Santos.

Como de costume, Filipe não teve coragem de se aproximar. Ficou à distância, observando em segredo.

Através do portão, ele conseguia ver as luzes quentes e acolhedoras da casa.

— O que será que Patrícia está fazendo agora? — Filipe se perguntou. — Deve estar com os pais e o irmão, jantando juntos e felizes, não é?

Mas, ao mudar de pensamento, Filipe não conseguiu conter a preocupação.

— Será que Patrícia está conseguindo comer direito? Será que está se sentindo bem? Será que sente dor de cabeça? Tontura? Ou... Será que ela tem algum sintoma mais sério? Eu não consigo parar de pensar nela! Não consigo parar de me preocupar com ela!

De repente, o olhar de Filipe se fixou na casa. Alguém estava saindo, e era Patrícia!

Ela carregava um saco nas mãos e caminhava lentamente em direção ao portão.