Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1613

— Mas...

Eles já estavam divorciados, ele não era mais o marido de Patrícia.

Laura, ansiosa, quase deixou escapar essas palavras...

— Mas o quê? — Antes que Filipe pudesse se preocupar, foi Patrícia quem se adiantou, interrompendo a mãe, chorando enquanto a encarava. — O que ele disse de errado?

Patrícia segurou a mão de Filipe:

— Ele não quer que eu use, mãe, por favor, não me force! Afinal, é ele quem está comigo, não é?

Laura olhou para a filha e, de fato, parecia que, com Filipe ao lado, Patrícia tinha encontrado um porto seguro.

— Mãe. — Filipe também interveio. — Confie em mim, por favor. Eu sou forte e consigo cuidar de tudo.

O mais importante era que Filipe realmente não queria forçar Patrícia a nada.

— Tudo bem. — Laura suspirou, dividida entre a resignação e o alívio. — Já que vocês dois estão dizendo isso, não vou ser a vilã da história.

Assim que Laura saiu, Filipe se sentou na beirada da cama, com suas testas encostadas uma na outra enquanto segurava a mão de Patrícia.

— Você não acha que eu sou um incômodo? — Patrícia perguntou, com um tom levemente inseguro.

— Sra. Pinto, falar assim não é apropriado, sabia?

— O quê? — Patrícia piscou, confusa. — O que tem de errado no que eu disse?

— Esse tipo de coisa não aconteceu, então você não pode me acusar de algo assim. — Filipe fingiu estar bravo. — Não tem medo de me magoar? Eu não sou bom o suficiente para você?

— Não fique bravo, por favor. — Patrícia ergueu o rosto e deu um beijo no queixo de Filipe. — Eu só estava com medo de você ficar sem jeito de dizer isso. Na verdade...

Patrícia tinha que admitir, ela era um pouco teimosa.

Agora que pensava melhor, o conselho de sua mãe não era totalmente sem razão.

"Eu estou tão doente assim, o que é mais importante: meu orgulho e minha dignidade ou os sentimentos da minha família? Acho que não deveria ser tão egoísta."

Patrícia hesitou:

— Acho que... Não seria impossível para eu usar...

— Não diga isso. — Filipe a interrompeu suavemente. — Mesmo que você tenha a menor hesitação, não se force. Estou aqui para garantir que você viva com conforto e liberdade, entendeu?

Depois que Filipe terminou de falar, Patrícia ficou olhando para ele, sem dizer nada.

O coração de Filipe tremia levemente; seu rosto permanecia imóvel, incapaz de responder.

Se lembrar de tudo? Para Filipe, isso não era exatamente uma boa notícia.

— Filipe? — Patrícia olhou para ele, intrigada. — Por que você não está falando nada? Você não quer que eu me lembre?

— Como não? — Filipe finalmente voltou a si, sorrindo enquanto a abraçava. — Você vai ficar bem, e vai se lembrar de tudo sobre nós.

Mas, quando esse dia chegasse...

Provavelmente, ela não iria mais querer vê-lo.

Um gosto amargo subiu do fundo do peito, se espalhando pela língua, deixando a boca completamente seca.

A porta do quarto foi batida.

— Quem é? — Patrícia levantou a cabeça do abraço dele. — Entre.

A porta foi aberta, e uma jovem mulher entrou.

Patrícia olhou para ela, confusa. Era um rosto completamente desconhecido. Ela tinha certeza de que, entre os amigos e parentes que havia visto nos últimos dias, essa pessoa não estava incluída.